Opinião

Infeliz coincidência

Temporais estão causando mortes e destruição na cidade onde moro e naquela onde trabalho; é mesmo uma infeliz coincidência

Por Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2020 | 17:05
 
 

Estou de férias até a próxima segunda-feira do programa Alerta Super, que apresento na rádio Super 91,7 FM, de segunda a sexta-feira, das 15h às 17h. Nesses dias, fui a Salvador, na Bahia, onde moro, e, depois, fui visitar minha mãe em Londrina, no Paraná.

Quando estava em Londrina, aconteceram as fortes chuvas que destruíram e continuam assustando os moradores de Belo Horizonte e região metropolitana e, coincidentemente, de Salvador e região metropolitana. Aliás, uma infeliz coincidência e uma tragédia anunciada.
 
Obras de captação de água e drenagem não ficam evidentes como a construção de uma praça. Esse tipo de obra é feito embaixo da
terra, normalmente em locais onde vivem pessoas com menor poder aquisitivo. Outro fator grave são as invasões de áreas urbanas, principalmente em locais de encosta que normalmente deveriam ser protegidos pelos órgãos – leia-se “membros responsáveis pelo
meio ambiente”.
 
Citei Belo Horizonte e Salvador porque trabalho na primeira e moro na segunda, mas poderia citar municípios de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, porque são todos administrados da mesma forma há muitos anos, com pouquíssimos gestores que tentam fazer diferente. O prejuízo material,
as doenças que se proliferam, as vidas que se perdem, tudo isso poderia ser evitado ou ao menos minimizado.
 
Mas neste ano tem eleições municipais, aí os novos candidatos vão prometer que vão resolver os problemas, os antigos vão dizer que não fizeram porque os que os sucederam não terminaram as obras, e os que vão tentar a reeleição, esses vão dizer que o Brasil passou por uma crise econômica sem precedentes.
Mas se vocês os reelegerem, eles prometem que, nesse mandato, eles fazem.