RICARDO SAPIA

Viajar para quê?

Bolsonaro esteve em Dallas, Zema em Nova York, no mesmo país, onde estavam também Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia

Por Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2019 | 03:00
 
 

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Dallas, nos Estados Unidos, o governador Romeu Zema esteve em Nova York, no mesmo país, onde estavam também os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia. No Congresso Nacional tivemos a presença do ministro Paulo Guedes (Economia) e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O primeiro defendendo a reforma da Previdência e o segundo defendendo o contingenciamento da verba da educação para universidades e escolas federais.

Enquanto Bolsonaro recebia um prêmio, ganhava também a primeira manifestação nas ruas contra seu governo. Ele, que foi eleito com várias manifestações dos populares, sentiu a força que fez alçá-lo à Presidência protestar contra medidas impopulares tomadas por questões financeiras necessárias.

O problema é que essa manifestação foi orquestrada pela oposição, não foi espontânea como afirmam os lideres antigoverno. Quem começou o movimento Vem pra rua em 2014 foi o engenheiro eletricista, empresário, ativista político de extrema direita e ex-colunista da “Folha de S.Paulo”, Rogério Chequer, que foi candidato ao governo de São Paulo nas últimas eleições, pelo Partido Novo, então não venha me dizer que esses movimentos e/ou manifestações não são orquestrados.

Já que citamos o Novo, vamos falar sobre o governador Romeu Zema. Assim como Bolsonaro, Zema foi aos Estados Unidos pela segunda vez em pouco mais de quatro meses de governo. Ele, que falou tanto na campanha sobre austeridade e respeito ao dinheiro público, ainda não mostrou efetivamente o que Minas Gerais ganhou ou vai ganhar com a visita dele ao Vale do Silício no mês passado.

Nesse mesmo evento estavam o governador de São Paulo, João Dória, que inclusive foi um dos protagonistas, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, entre outros convidados para a festa na capital do mundo.

Alguns dias atrás, o prefeito de Contagem informou à imprensa que o município e, consequentemente, o Estado perderam para São Paulo a empresa Hyperloop, a maior startup do mundo, por falta de apoio do governo do Estado de Minas Gerais, que não quis aportar o valor de R$ 13 milhões do termo assinado pelo ex-governador Fernando Pimentel no ano passado.

A assembleia “engavetou” o aumento dos secretários de Estado, a reforma administrativa foi aprovada como e quando os deputados quiseram. Assim como Bolsonaro, Zema também deve sentir a força das ruas em breve.