O TEMPO

Desaparecidos

Importante é saber que há uma estrutura estatal para auxiliar e apurar esse desaparecimento

Por Da Redação
Publicado em 04 de junho de 2021 | 03:00
 
 

Mensurar a dor do desaparecimento de um familiar não é possível. Imagina não saber o motivo para tal. Tampouco não saber como proceder. Questionamentos que pairam sobre os que procuram respostas para esse sumiço repentino. Como? Onde? Por quê?

Conflitos armados, violência urbana, processos migratórios e desastres naturais são algumas das razões que podem explicar esses desaparecimentos. Os efeitos para os familiares são enormes. Traumas psicológicos, físicos e até econômicos afetam suas vidas. Crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência intelectual ou com doenças mentais podem ser mais vulneráveis, mas não são os únicos.

Importante é saber que há uma estrutura estatal para auxiliar e apurar esse desaparecimento. Uma das grandes aflições dos familiares que buscam seus desaparecidos é admitir a possibilidade de falecimento. Para descartar essa chance, deve-se procurar o Instituto Médico-Legal (IML) ou o serviço de verificação de óbito de sua cidade.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, lançou o Projeto de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. O objetivo é buscar desaparecidos, elaborada pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, integrando a campanha promovida pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

A coleta de DNA está prevista para o período de 14 a 18 de junho. As coletas serão realizadas no IML em Belo Horizonte e nos seguintes Postos Médico-Legais do interior do Estado: Betim, Vespasiano, Juiz de Fora, Uberaba, Divinópolis, Governador Valada- res, Uberlândia, Montes Claros, Ipatinga, Barbacena, Curvelo, Pouso Alegre, Poços de Caldas, entre outras.

Destaco que a coleta de material genético de familiares de desaparecidos já é feita pela PCMG há alguns anos. Esse material é inserido em um banco de dados nacional. No mesmo banco, é inserido material genético de corpos e ossadas de desconhecidos. O objetivo é identificar esses corpos e ossadas, dando respostas aos familiares e auxiliando ainda em questões civis e criminais.

A PCMG possui unidade especializada dedicada a casos de desaparecimento em Belo Horizonte, além de apoiar as investigações no interior. Todas as unidades da PCMG do Estado têm atribuição para investogar casos de desaparecimento. Basta procurar a unidade policial mais próxima ou acessar a Delegacia Virtual em Minas.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que, nos últimos seis meses, 499 pessoas desapareceram em Belo Horizonte, sendo que 449 foram localizadas. No interior, para o mesmo período, o número de desaparecimentos é de 2.213, tendo sido localizadas 1.223 pessoas.

Projetos como esse, alinhados a técnicas avançadas de investigação da PCMG, levam esperança e conforto aos familiares que buscam respostas.
Fonte: PCMG