Serginho do Volei

Serginho do Vôlei

Existe time fraco, de pouca estrutura, mas não existe time bobo

Publicado em: Sáb, 27/11/21 - 03h00

Existe time ruim, fraco, com pouca estrutura, mas não existe time bobo. Os “azarões”, as “zebras”, o improvável. Improvável não é impossível. Camisa não ganha jogo, tem que provar todas as vezes que o juiz apitar. E é por esse caminho que iremos debater sobre o mundo do voleibol na coluna de hoje. As Superligas já têm os “campeões” no papel. Porém, em quadra, tem gente patinando. Perde um pontinho aqui, um jogo ali e no final do segundo turno chora esses pontos preciosos nos cruzamentos das quartas de final. Lembrando que é uma constatação geral, masculino e feminino. Sempre aconteceu e sempre irá acontecer. Oscila, sim, reprograma, sim, “troca a roda do carro com ele andando”, sim.

Acompanhando o feminino de perto, percebo o Praia surfando na onda dos bons resultados do início da temporada. É nítido como o time está afiado e jogando solto. Confiança de quem bateu o maior rival por três vezes consecutivas em finais de campeonato. Alguém vai dizer, “mas o Minas estava com problemas médicos, sem entrosamento” e blá, blá, blá. Fica na história que ganhou de quem. As circunstâncias não são contabilizadas. Atenção no exemplo, 1992, Olimpíada de Barcelona, Brasil campeão. Alguém sabe ou lembra que o levantador holandês era o reserva? Fez uma diferença enorme a favor do Brasil, ninguém lembra da circunstância, e todo mundo tem recordações sobre o título, certo? Resumindo, o Praia está com moral de time campeão, e o jogo flui mais fácil.

Os mais românticos dirão: “O time está unido”. Aí eu te pergunto, ganhou, é unido, perdeu, é desunido? Ganhou, tem raça, perdeu, não tem? Aprendi no esporte e levo para a minha vida. Para dar certo, basta colocar à frente o objetivo coletivo. Necessidades individuais são importantes, porém seguem em segundo plano. Não preciso frequentar a casa de todos os atletas para lutar com eles dentro de quadra. Não preciso ser o melhor amigo para “brigar” por todos dentro de quadra. Foco no objetivo coletivo. Com bom relacionamento, facilita bastante, entretanto, não é o que geralmente acontece. Não é apenas para o esporte, é para a vida. 

Sada Cruzeiro. No masculino, Sada Cruzeiro, de olho no Mundial, já se movimenta para Betim e se adapta ao novo ginásio. As referências mudam, e é importante estar atento. Altura do ginásio, iluminação, distância da arquibancada e tamanho da arena de jogo fazem diferença. 

Minas. O Minas segue voltado para a Superliga e embalado por bons resultados. Time tomando forma e sentindo pouco a falta de Maurício Souza. Campinas subindo a ladeira após alguns resultados negativos fora do contexto. E por último, mas não menos importante, o Sesi aparece com um time jovem, bem treinado, que me surpreendeu positivamente. Vai brigar entre os quatro primeiros colocados.
 

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