Paco, 4

Sempre se acreditou que cada ano de um cachorro equivalesse a sete de seres humanos. Aí vem uma pesquisa de uma conceituada universidade de sei lá onde para dizer que não é bem assim. Depende da raça, diz o estudo. E, quando se trata de vira-lata? É preciso levar em conta o tamanho, afirmam, então, os especialistas. 
 

Pois, ignorando um e outro, comemoro daqui a dois dias o quarto aniversário de Paco, esse aquariano que adentrou a minha vida para melhorá-la em todos os aspectos. E tendo ele quatro, 28, 36 ou 99, ele sempre será, a meu ver, um bebê, por um lado, e um sábio senhor, por outro. 

Um bebê porque nunca vou deixar de cuidar dele em todos os aspectos: sua alimentação, seu bem-estar, sua saúde. Um sábio senhor porque Paco me ensina todos os dias: a ser uma pessoa melhor, a me importar com que realmente vale a pena e a ter uma vida mais leve. 
 

Quem me faz sair correndo pelo corredor do apartamento só pra ouvir seus passinhos acelerados a me acompanhar? Quem me convence a brincar de jogar o brinquedo longe às duas da manhã? Quem me faz desistir de programas pra chegar mais cedo em casa só pra ficar com ele? Quem me obriga a atravessar a cidade para que ele passe dois dias da semana com seu melhor amigo? Quem me faz sorrir nos primeiros minutos da manhã? 
 

Então, não importa quantos anos ele tenha de fato, o que importa é que, nesse tempo todo de convivência, nos tornamos companheiros de vida. Basta um “vamos” ou um gesto, da minha parte, que tudo se explica, tudo se esclarece, entre nós. Da parte dele, é no olhar que ele dá o recado.

Educado, tranquilo, bonachão, divertido, carinhoso, Paco é aquele companheiro que se espera uma vida inteira e, quando chega, não se deve desperdiçar. Vive-se, simplesmente.
 

No mais, é agradecer (a Memé, eternamente responsável) pelo privilégio do encontro e desejar que ele viva sempre bem e feliz. 
 

Viva Paco, Pacolino, Pacolindo!