Com muito orgulho por vestir a camisa do Cruzeiro e ter sido um jogador de destaque no futebol brasileiro, Herivelto, 64, conta que seu nome não foi inspirado no mundo da bola, mas no musical. Ele lembra que sua mãe, Nedina Januário, era fã do cantor e compositor Herivelto Martins, autor de “Ave Maria do Morro”. O futuro atleta foi batizado como Herivelto Martins, nascido em Barra do Piraí, Rio de Janeiro.
Ele começou a carreira no Fluminense, em 1969, e permaneceu no tricolor carioca por sete anos, chegando a participar da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal, no Canadá. O Brasil ficou na quarta posição. Herivelto jogou ao lado de Rosemiro, Batista, Chico Fraga, Marinho, e o treinador era Zizinho. Naquela campanha, o meio-campista marcou um gol com a amarelinha.
Herivelto fez parte da “Maquina Tricolor”. Na época, o presidente Francisco Horta montou um time com craques como Gil, Pintinho, Manfrini, Edinho, Rivellino e Paulo Cesar Caju. Depois, por indicação de Zezé Moreira, ele foi para a Toca da Raposa em uma troca envolvendo Dirceu Lopes. Foram grandes momentos vestindo a camisa estrelada, ao lado de feras como Raul, Eduardo Amorim, Flamarion, Nelinho Joãozinho, Eli Mendes...
Craque. Após quatro temporadas no Cruzeiro, Herivelto foi jogar no Vila Nova, de Goiás. Em Goiânia, ele era o craque do time e foi chamado pelo locutor Jota Junior de “O Poeta da Bola”.
Herivelto foi campeão mineiro de 1977, pelo Cruzeiro, e campeão goiano em 1980 e 82, com o Vila. Ele lembra com carinho dos técnicos com quem trabalhou, como Zezé Moreira, Yustrich, Zé Duarte, Procópio, Ilton Chaves, Dawson Laviola, Arizona, Zizinho...
Ajudou a revelar talentos na base
No Vila Nova-GO, Herivelto jogou entre 1983 e 87, até que resolveu encerrar a carreira e se tornou auxiliar técnico e depois treinador. Trabalhou também como treinador nas categorias de base de Atlético, América, Cruzeiro, Funorte, Ipatinga, Valério e Villa Nova. Vários jogadores lançados por Herivelto se destacaram como profissionais, como Wellington Paulo, Ruy, Fabrício, Marcinho, Claudinei, pelo América; e Dedê, Cairo, Lincoln, Canela, no Atlético. Herivelto lembra com prazer de seu tempo no futebol.
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