Super Historias

Carlinhos chegou como craque e se tornou parceiro de Dadá

Publicado em: Dom, 03/02/19 - 02h00

Carlinhos, 73, ex-meio-campista, formou-se no Flamengo e, assim que se tornou profissional, foi emprestado ao Formiga. Retornou ao clube rubro-negro e se transferiu depois para o São Cristóvão, tendo sido destaque no Campeonato Carioca do ano de 1967.

Já era considerado craque e foi, então, contratado pelo Atlético, por indicação do técnico Fleitas Solich. Em sua apresentação, toda a imprensa querendo ouvi-lo, e Dario, que ainda não era o “Dadá Maravilha”, admite que “apenas observava aquilo”... Os dois se tornariam parceiros e construíram uma bela amizade.

Carlinhos chegou a formar o meio campo com Vanderlei e Oldair. Foram 50 partidas e cinco gols. A concorrência era grande, já que tinha Lacy, Lola, Amauri, Beto... E ele ficou no Atlético até 1970, quando se transferiu para o Tupi.

Em Juiz de Fora, Carlinhos ficou uma temporada, sendo negociado com a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo. Depois retornou ao futebol mineiro para jogar no Valério. Aos 36, sentiu que era hora de parar. Mas não ficou longe do futebol, trabalhou como treinador no próprio Valério, em Itabira, acrescentando o sobrenome Eugênio.

Técnico e Pai. Carlinhos Eugênio trabalhou por seis anos no Valério, chegando a comandar seu filho Ricardo Eugênio no juvenil e nos juniores. O comandante era, então, chamado apenas de “pai” pelos outros jogadores. Filho de peixe, Ricardo Eugênio, depois, foi negociado com o Atlético.

Carlinhos Eugênio trabalhou ainda no América, na Desportiva, no Democrata de Sete Lagoas e no Sparta de Campo Belo. Quando jogava, não gostava de ficar fora de clássicos contra Cruzeiro e América, além dos duelos com os grandes do “eixo Rio-São Paulo”. “A motivação era maior”, diz.

“Criei minha família e conheci vários países”

Carlinhos conviveu com jogadores do nível de Djalma Dias, Amauri, Oldair, Vander, Humberto Monteiro, Lacy, Careca, Evaldo e Dirceu Lopes. Hoje ele comenta, orgulhosamente: “Não ganhei dinheiro com futebol, mas deu para criar minha família e conhecer vários países”.

O ex-jogador relembra de vários treinadores com quem trabalhou, como Fleitas Solich, Yustrich, Armando Reganeshi, Modesto Bria, Newton Canegal e Aymoré Moreira.

Para Carlinhos, o futebol do seu tempo era bastante diferente do esporte que é praticado hoje. “Antes era mais técnica, e hoje prevalece mais a parte física”, avalia. “No meu tempo, o aquecimento era dentro do vestiário”, completa o ex-jogador, que também tem seu espaço guardado na memória do futebol.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.