SUPER HISTÓRIAS

Célio chegou ao Atlético na mesma safra de Reinaldo

Redação O Tempo

Por Wilson José
Publicado em 27 de maio de 2018 | 00:45
 
 
Célio foi o primeiro mineiro a se tornar artilheiro da Taça Cidade de juniores, em 1976 arquivo pessoal

Depois de buscar Reinaldo, o maior jogador do Atlético, em Ponte Nova, o treinador Barbatana retornou à cidade na Zona da Mata para buscar o jovem Célio, que hoje tem 59 anos. Assim que chegou ao Galo, Célio começou a arrebentar nos treinamentos dos juniores marcando muitos gols.

Assim como o Rei, Célio também teve o orgulho de fazer parte do clube, mas ele garante: “Eu nunca quis competir com Reinaldo”. 

Era elogiado por diretores, como Jamil Salomão, Eliseu Alves e Sinval Martins e, claro, pelo técnico Barbatana. Foi o primeiro mineiro a se tornar artilheiro da Taça Cidade de juniores, em 1976, quando fez cinco gols. Ele não se esquece do time que conseguiu o título: Sérgio Biônico; Alves, João Eudes, Marcos Vinícius e Hilton Brunis; Geraldo, Batata, Cleber e Marinho; Célio e Cacá. O técnico era Dawson Laviola. 

No profissional, Célio disputou apenas uma partida, contra o Valério, e veio uma sequência de contusões. Os médicos não sabiam o porquê. Chegou-se a falar que Célio tinha problemas relacionados com foco dentário, mas alguns diziam que era “migué”, que o jogador andava namorando muito e que estava querendo ficar fora das partidas. Ao todo, foram 26 lesões, e não existia ressonância magnética na época. Célio precisou de benzedeira. 

Dribles. Pelo histórico de lesões, Célio driblava de longe para fugir das pancadas dos adversários e da marcação individual. Ele conta que sempre se dava bem contra o arquirrival Cruzeiro. O Fluminense tentou sua contratação, mas o Atlético não aceitou negociá-lo. 

A concorrência no profissional era grande, e Célio foi para o Paysandu, juntamente com Renato Dramático. Os dois foram trocados por Albano e Patrulheiro.

Andanças e hora de encerrar carreira

Quando se transferiu do Atlético para o Paysandu, o atacante Célio conseguiu uma sequência de jogos, mas voltou a Belo Horizonte ao fim do empréstimo. 

Ele chegou a pensar em desistir da carreira quando foi enganado por um empresário nos Estados Unidos e deportado para o Brasil. Teve passagens ainda por outros clubes: Crac, Goianésia, Villa Nova, América e Trespontano. 

Para jogar no América, Célio foi envolvido em uma troca com Fernando Roberto. Mas uma lesão na coxa o impediu de disputar o Brasileiro de 1979.

Seu último clube foi o Trespontano, na segundona mineira. Com nova lesão, aos 26 anos, Célio decidiu parar. Ele permanece em Três Pontas. Formado em educação física, Célio tem uma academia na cidade do Sul de Minas.