Super Historias

Dilsinho só jogava na bola e tem belo currículo no futebol

Publicado em: Dom, 24/02/19 - 03h00

Dilsinho, 78, quarto zagueiro muito técnico, só jogava na bola. Tinha excelente antecipação, orientava os companheiros, era firme, mas nada de pontapé. Tanto que durante toda a carreira ele nunca foi expulso. Jogava futebol amador em Cachoeira dos Macacos, atual Cachoeira da Prata, região Central de Minas Gerais, e veio para a capital, onde defendeu o Renascença, em 1959.

O primeiro título com o Renascença, em 1961, foi a Taça Belo Horizonte, em cima do Atlético. No ano seguinte, foi negociado com o Cruzeiro junto com o goleiro Tonho, além de Piazza e Silvinho, que foram para o time juvenil da Raposa.

Na Toca, formou zaga com Vavá. No Independência, jogou amistoso contra o Santos, que venceu por 2 a 0, gols de Coutinho e Pepe e assistências de Pelé. O bom futebol que Dilsinho jogava fez com que o treinador Mario Celso o convocasse para a seleção mineira, aquela que venceu o Campeonato Brasileiro de Seleções em 1963. Assim o futebol mineiro passou a ser respeitado nacionalmente.

Foi campeão mineiro em 1965 pelo Cruzeiro, o primeiro título da era Mineirão, que deu o direito ao clube de disputar a Taça Brasil em 1966, quando a Raposa faturou o título em cima do Santos. Mas Dilsinho ficou fora porque quebrou o braço direito.

Em 1967, Dilsinho foi jogar no Atlético na troca envolvendo o lateral Dawson. O Galo tinha Grapete e Vander. Na estreia, vitória de 1 a 0 sobre o Vasco, gol de Oldair. Dilsinho foi o melhor em campo, não deixou o artilheiro Célio tocar na bola.

Craque do Valério

Dilsinho também teve grande passagem pelo Valeriodoce. Em Itabira, ao lado de Zé Borges, formou a melhor zaga de todos os tempos do time da terra do minério.

 

Concentração que rendeu casamento

Antigamente, os jogadores também não gostavam de concentração, e não havia a mordomia de hoje. Mas foi durante uma concentração que Dilsinho conheceu a namorada que se tornou sua esposa. A seleção mineira ficou concentrada na colônia de férias do Sesc de Venda Nova, em Belo Horizonte, e foi lá onde o zagueirão conheceu Lúcia, sua esposa. Eles são casados há 51 anos.

Aos 28 anos, Dilsinho já estava casado e com um filho e achou que era hora de pendurar as chuteiras. Foi então trabalhar em uma indústria têxtil de Cachoeira da Prata, na região Central de Minas.

Hoje, aposentado, Dilsinho mora em Belo Horizonte com sua mulher e tem ainda a companhia dos filhos Flávio e Cláudia, e dos netos Geovana, Maria Fernanda e Guilherme.

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