SUPER HISTÓRIAS

Heriberto realizou um sonho na Toca

Hoje, ele é treinador, e já trabalhou em vários clubes

Por Wilson José
Publicado em 14 de abril de 2019 | 03:00
 
 
Time do Cruzeiro em 1988 - Gomes, Ademir, Vilmar, Balu, Katita e Genílson. Agachados: Robson, Ernani, Hamilton, Heriberto e Edson. Gilvan Newton/arquivo

Heriberto tem hoje 59 anos e atua como treinador. Mas ele foi um talentoso meia-esquerda, que marcou sua passagem no futebol brasileiro. Quando garoto, costumava ouvir os jogos do Cruzeiro pelo rádio, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, e logo virou fã de Natal, Dirceu Lopes, Evaldo, Tostão, Zé Carlos e Hilton Oliveira. Seu sonho era jogar um dia no time da Toca da Raposa.

Heriberto veio tentar a sorte na capital e não foi aprovado pelo clube celeste. Era considerado baixo. Para não perder a viagem a Belo Horizonte, foi para o Atlético e conseguiu passar na avaliação, porém não tinha vaga para ele ficar no alojamento do clube.

Daquela vez, Heriberto teve que voltar para casa triste. Passados alguns dias, o jovem atleta foi convidado para fazer teste no São Paulo. Passou e, não demorou muito, estava jogando no profissional do tricolor paulista, atuando ao lado de feras como Mário Sérgio, Darío Pereyra, Getúlio, Zé Sérgio, Marinho Chagas e Waldir Peres. Heriberto comenta com orgulho o fato de ter jogado também ao lado de Careca, no Tricolor. Para ele, foi o melhor com quem teve a honra de atuar.

Na Toca. Heriberto foi negociado com a Portuguesa e, posteriormente, teve a chance de realizar o sonho de ir para o Cruzeiro, na época do presidente Benito Masci. Na Toca da Raposa, o habilidoso meio-campista assumiu a camisa 10 e fez boas amizades com Geraldão, Eugênio, Douglas, Careca e seu ‘parça’ Ramon Guimarães.

O meia-esquerda se destacava também por sua boa visão de jogo e foi o ponto de equilíbrio do time cruzeirense que conquistou o Campeonato Mineiro de 1987. Seu gol mais bonito na carreira foi naquele mesmo ano, em uma vitória de 3 a 0 sobre o Internacional, em jogo disputado no Mineirão. “Peguei bem na bola de pé direito, depois de receber do Balu, perto do bico da grande área. Dei um corte no zagueiro e bati para o gol, sem chance de defesa para o Taffarel. Um golaço”, conta o ex-jogador.

Heriberto também defendeu outros clubes, como Santos, Atlético-PR, América-RJ, Juventus, Mogi Mirim, São Caetano e Kashima Antlers, do Japão.

Bom também como treinador

Hoje, Heriberto é treinador, e já trabalhou em vários clubes, como Athletico-PR, Sport, Ceará, Fortaleza, CSA, Figueirense, ABC, Nacional-AM, e América-RN. Ele conseguiu subir com o time de Natal para a Série A do Brasileiro em 2006. “É dificil ser treinador, já que a classe é desunida. Técnico é pressionado 24 horas e vive de resultados”, diz Heriberto.

Para o ex-jogador, o árbitro de vídeo é um mal necessário, que “veio para mostrar a incompetência da arbitragem, que jogam a responsabilidade para a tecnologia”. Heriberto acha que a seleção brasileira vai se dar bem na Copa América deste ano, já que “é superior a Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile”. Ele espera que Neymar dê o título ao Brasil.