SUPER HISTÓRIAS

Luiz Carlos Hippie tem saudade da vida de jogador

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2017 | 03:00
 
 
Luiz Carlos Hippie fez sucesso no América; hoje ele tem restaurante em Vila Velha (ES) Luiz Carlos Athaydes/arquivo pessoal

O capixaba Luiz Carlos Hippie, 59, bateu primeiro nas portas do Atlético, em 1978, nos juniores. O treinador Dawson Laviola foi franco e disse que ia ser difícil para ele jogar, já que o time tinha Fred e Alexandre. Ele foi convidado por Jair Bala para ir para o América. Seu pai assinou a documentação, e não demorou muito ele se tornou profissional. É considerado um dos melhores zagueiros que vestiu a camisa do América. Seu primeiro jogo foi contra o Cruzeiro, e o Coelho saiu vencedor por 3 a 0, com dois gols de Wagner e um de Alisson.

O América já tinha Luiz Carlos Gaúcho, então, o novo Luiz Carlos se tornou Hippie, por causa dos cabelos longos, pulseiras, calças e camisas extravagantes, carro chamativo, vida ao lado de mulheres bonitas e boate. Já que tinha dinheiro e fama, nem bem terminava uma festa, ele já era convidado para outra. Devido ao excelente futebol, era sempre perdoado.

O melhor time em que jogou vestindo a camisa do América tinha Zé Maurício; Celso Augusto, Hippie, Ananias e Waner; Ramirez, Luiz Carlos Gaúcho e Maneca; Geraldo, Wagner e Amauri. O atacante que ele teve mais dificuldade para marcar foi Reinaldo, do Atlético, que sempre aparecia desmarcado. “Tanto no Brasil como no exterior, eu penso que não irá aparecer um jogador inteligente como Reinaldo”, diz Hippie, que procurava chegar antes e até mais forte para marcar o Rei.

Um filho para Jair Bala. Jair Bala não tinha Hippie só como um atleta, mas também como um filho. “No futebol atual não tem jogador como o Hippie. Ele seria titular em qualquer clube grande, como também no exterior, e com chance de brigar por uma vaga na seleção e disputar Copa do Mundo”, fala Jair Bala.

A vida fora das quatro linhas impediu o zagueiro de jogar em clube maior que o América, segundo palavras do ex-treinador Yustrich. Foi várias vezes escolhido como o melhor em campo. Foi eleito o melhor da posição em 1979. Quando esteve no Marília, foi o melhor do jogo quando não deixou os atacantes do Corinthians pegarem na bola.

Atualmente, Hippie acha que Thiago Silva e Rodrigo Caio têm o seu estilo de jogo e que a seleção brasileira está bem servida na posição. Hippie trabalhou com bons dirigentes, como Magnus Lívio, Ilânio Starling, Rui da Costa Val e Almir Vargas. “Sinto saudade dos amigos, das mordomias que a vida de atletas nos proporcionava”, diz.

Além do América, ele defendeu Democrata-GV, Uberlândia, Desportiva, Avaí, Anapolina, Colatina e Guarapari. E lamenta que seus filhos e netos não o viram jogar. 

 

Antenor marcou de pênalti

No último domingo, eu tive a honra de receber nos estúdios da rádio Super Notícia FM, durante o programa Super Histórias, um jogador que honrou muito a camisa dos clubes que defendeu. Estou me referindo ao ex-lateral Antenor, que defendeu Atlético, São Paulo, Sport e América. Antenor comentou sobre sua carreira e lembrou de vários momentos especiais. Ele se lembra de ter feito um dos gols na cobrança de pênaltis quando o São Paulo venceu o Galo em pleno Mineirão, ficando com o título do Campeonato Brasileiro de 1977. São Paulo campeão. E Atlético vice-campeão invicto.

Hoje, ao meio-dia, mais um programa imperdível na Super Notícia FM. Sintonize no 91,7 ou baixe o aplicativo para nos ouvir. O Super Histórias traz sempre casos curiosos e um bate-papo agradável com os convidados. Então não perca!