SUPER HISTÓRIAS

Na lateral do Coelho, Renato era carrapato para atacantes

Renato, 55, vestiu com muita honra a camisa do América

Por Wilson José
Publicado em 04 de novembro de 2018 | 04:00
 
 
América de 1986 – Em pé: Bolinha (massagista), Colatina, Júnior, Vinícius, Ricardo, Renato e Carlos. Agachados: Marcinho, Pedrinho, Alemão, Raimundinho e Palhinha arquivo pessoal/Renato

Renato, 55, vestiu com muita honra a camisa do América. Aprovado nos testes, ele assumiu a posição de lateral-esquerdo e também a condição de capitão da equipe sob o comando do treinador Maurício Magalhães na disputa da Taça São Paulo de Juniores.

Ao término do torneio de base, ele foi convocado para a seleção mineira de juniores, pelo técnico Pedrilho Gonçalves, em 1981/82, tendo disputado o Campeonato Brasileiro de Seleções, oportunidade em que participou de treinamentos contra a seleção brasileira de 82, na Toca da Raposa e na Vila Olímpica.

Renato foi promovido ao profissional por Jair Bala, era considerado o melhor lateral-esquerdo em 1983 e 84. Foi um verdadeiro carrapato na marcação dos pontas Catatau e Sérgio Araújo (Atlético), Carlinhos Sabiá (Cruzeiro), Hilton (Uberaba), Paulinho Batistote (Democrata-GV), Geraldo Touro (Uberlândia), dentre outros.

Renato não dava folga aos atacantes, marcava de perto e costumava matar a jogada no seu setor. Ele conta que ficava empolgado quando o jogo era contra o Atlético, o Cruzeiro ou outros grandes, e a vontade de jogar multiplicava.

Lembranças

Ele lembra de um momento curioso durante treino do América, sob o comando do técnico João Avelino: “Um jovem dos juniores que treinava entre os profissionais errou um lançamento longo, e eu falei: ‘Beleza, boa jogada’. Avelino não deixou por menos: ‘Beleza coisa nenhuma, você quer que eu perca meu emprego?”, conta.

Renato fez uma excursão de 45 dias à Europa e foi o dono da posição até 1987, quando se transferiu para o Paysandu. No Papão, pela Copa do Brasil, jogou contra aquele que considera o melhor da posição: Leonardo, do Flamengo.

 

Ex-jogador se dedica a escola de futebol

Além de defender as cores do América, o ex-lateral esquerdo Renato jogou em mais sete clubes do futebol brasileiro: Tubarão, de Santa Catarina, Araxá, Patrocinense, URT, Tupi, Guarani e o Rio Verde, de Goiás), onde encerrou a carreira aos 32 anos, depois de passar em um concurso da Prefeitura de Paraopeba, na região Central de Minas Gerais, para trabalhar com escola de futebol, onde ele atua até hoje.

Renato jogou futebol por 17 anos e sente orgulho da carreira. Faz questão de dizer que não era chegado a baladas e destaca seu profissionalismo.

O ex-jogador também se sente orgulhoso pela oportunidade de ter trabalhado com técnicos do nível de Jair Bala, Pinheiro, Procópio Cardoso, Givanildo Oliveira, Brandãozinho, Maurício Magalhães...