Super Historias

Ricardo jogou com maestria na defesa americana

Publicado em: Dom, 18/02/18 - 03h00

Quem viu qualidades em Ricardo Evaristo, 48, e o convidou para ir para o América foi Biju. E o mineiro de Lagoa Santa se deu bem no Coelho, sendo considerado um dos zagueiros mais técnicos que já vestiu a camisa alviverde. O perfil físico, de 1,78 m, não favorecia o futebol força, e Ricardo usava a técnica.

Afinal, ele tinha admiração por Luizinho, do Atlético, que também jogava com maestria na defesa. Ricardo defendeu o América entre 1988 e 2000, disputou o Campeonato Paulista de 1993 pelo Corinthians e passou o segundo semestre de 94 no Palmeiras. Em 95, no Atlético-PR, foi campeão da Série B. No ano seguinte, retornou ao América, onde ficou até 2000, sendo que, em 1997, sob o comando do técnico Givanildo de Oliveira, conseguiu novamente o título da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.

Ricardo admite ter encontrado um pouco de dificuldade para jogar no futebol paulista. O motivo: o frio. Na equipe do Corinthians, jogou ao lado de Marcelo Djian, Henrique, Viola, Moacir, ex-Atlético. No Palmeiras, teve como companheiros de time jogadores do calibre de Edmundo, Evair, Edilson Capetinha, Antônio Carlos Zago, Zinho e Roberto Carlos.

Grandes nomes. Ricardo fez história no América atuando ao lado de jogadores que também marcaram sua história no clube, como o goleiro Gilberto, os laterais Estevam e Marcos Paulo, os meio-campistas Pintado, Gilberto Silva, Boiadeiro e Irênio e os atacantes Tupãzinho, Rinaldo e Celso.

Quando atleta, trabalhou com treinadores como Procópio, Nelsinho, Luxemburgo, Pepe, Wantuir e Drubscky. Após encerrar carreira, Ricardo fez curso de técnico com o professor Jurandy Gama, na UFMG.

“O zagueiro mais técnico que vi jogar’

Ricardo parou aos 31 anos após sofrer lesão no joelho esquerdo. “Fiquei um ano em tratamento e não tive o contrato renovado pelo América. Como não tinha condição de me transferir para outro clube, decidi encerrar a carreira”, conta Ricardo.

Quando atleta, não permitia envolvimento de empresário, na parte financeira, em transferências ou renovações de contrato.

O ex-jogador é muito elogiado. “Ricardo foi o melhor zagueiro que vi com a camisa do América”, diz o ex-presidente Magnus Lívio. “Muito bom zagueiro, parecia lento, mas era muito técnico. Eu tinha total confiança nele”, afirma o ex-goleiro Gilberto.

Ele também foi o beque mais técnico que já defendeu o América, na opinião do ex-zagueiro Waner e do torcedor Elias Toledo.

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