Na semana passada, completei 20 anos de casamento com minha bela, companheira e fofinha Daniela Prata. Comemorações à parte, fiz um levantamento de estudos sobre casamento e saúde das pessoas. E essa relação já está bem estabelecida. O casamento faz bem para a saúde física e mental de homens e mulheres, enquanto a solteirice pode, no longo prazo, cobrar seu preço lá na frente. E isso está demonstrado e replicado em diversos estudos de vários países diferentes.
Tradicionalmente, existe a ideia de que o casamento faz bem à saúde. Entretanto, alguns anos atrás, praticamente todos os adultos eram casados e, portanto, ficava difícil comprovar a tese de que bons casamentos e saúde tinham uma relação próxima. Com o aumento de solteiros nos últimos 30 anos, foi possível fazer estas avaliações. Um desses estudos acompanhou a saúde de mais de 1 milhão de pessoas em sete países europeus. Os casados, segundo os pesquisadores, vivem cerca de 10% a 15% a mais do que aquelas que vivem sozinhas. É importante frisar que simplesmente morar junto não é tão bom para a saúde quanto casar. É isso mesmo! O estresse da simples união estável pode aumentar o risco de diversos problemas de saúde e ainda multiplica as chances do casal se separar logo após o casamento. Nesta mesma pesquisa, foi observado que mulheres que trocam de parceiros com frequência ou emendam um relacionamento no outro costumam ter mais distúrbios psicológicos, como os transtornos ansiosos e a depressão. Sabe-se que as pessoas solteiras são mais propensas a sofrer depressão e esta, por sua vez, está ligada a um maior risco de eventos cardiovasculares, como infarto cardíaco e os conhecidos acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Outro estudo, conduzido nos EUA, que durou 20 anos, revela a ligação entre casamentos felizes e boa saúde. Os pesquisadores analisaram informações fornecidas por 1.681 pessoas que permaneceram casadas com o mesmo parceiro entre 1980 e 2000. Os participantes foram divididos em dois grupos: um de casais que tinham entre 18 e 39 anos, e outro de casais entre 40 e 55 anos. A conclusão foi que viver sozinho aumenta o risco do aparecimento de doenças crônicas como hipertensão arterial e diabete mellitus. As causas na melhora da saúde entre os casados ainda é obscura e não está bem definida. Os estudiosos dizem que é possível uma junção de vários fatores, como rendas combinadas, objetivos em comum, hábitos mais saudáveis e uma rede social de apoio mais ampla em relação aos solteiros.
Em toda receita médica, o profissional prescreve o tratamento, como deve tomá-lo e o tempo necessário, ou seja, se é de 12/12 horas, de 8/8 horas, uma vez ao dia etc. No caso transcrito nesta coluna, eu poderia sugerir a seguinte prescrição: casamento uma vez em qualquer época, em dose única.
Faça uma boa semana.
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