Saúde

Zumbido

Publicado em: Dom, 24/02/19 - 03h00

São várias as pessoas que sofrem com zumbidos constantes. Também conhecido por “tinnitus”, o problema é a percepção de barulho na ausência de som externo, o que significa, em última instância, que o tal zumbido, assobio ou burburinho nos ouvidos pode ser ouvido apenas pela pessoa afetada. 

O zumbido não é uma doença em si, mas, sim, um sintoma de uma determinada condição de saúde que afeta, em algum ponto, as vias auditivas. Imagine um ruído constante semelhante a um toque de campainha, buzina ou assobio em seu ouvido 24 horas ao dia sem parar. É de tirar qualquer um do sério. 

Aproximadamente de 10% a 15% da população sofre com algum tipo de zumbido, mas a maioria dos casos não é tratada, em especial pela falta de informações e pelo fato de que a maioria das pessoas não tem consciência do que pode se feito sobre o problema. Embora alguns casos sejam leves, outros requerem algum tratamento específico para superar problemas futuros, como transtornos do sono, dificuldade de concentração, piora do estresse e isolamento social. 

Na maioria dos casos, os ruídos aparecem como consequência de um processo de perda auditiva, muito comum em idosos. Entretanto, existem vários outros fatores como consumo excessivo de açúcar e cafeína; hipertensão não controlada; diabetes; uso frequente de fones de ouvido; excesso de cera no ouvido; algumas medicações; infecções no ouvido; tabagismo; e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 

O tipo de som e seu volume variam bastante entre as pessoas, assim como a frequência com que ele surge. Ou seja, o zumbido pode ser passageiro ou acompanhar a pessoa pelo resto da vida. O zumbido pode, eventualmente, vir acompanhado de episódios de tonteira, suor frio e enjoos. 

O problema pode não ter cura, mas pode ser controlado e aliviado na maioria dos casos. Assim que você tiver consciência dele, a primeira etapa pode ser falar com um clínico geral, que poderá detectar os fatores gerais e maus hábitos que podem estar colaborando com o “barulhinho”. Caso permaneça, a consulta com um otorrino se faz necessária. 

O tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.

Embora nem sempre seja possível se prevenir do zumbido, determinadas atitudes preservam a audição e, assim, impedem que ele apareça em virtude de danos ao ouvido. Evite, por exemplo, usar fones por mais de duas horas consecutivas e não extrapole o volume médio indicado em qualquer equipamento eletrônico. Se você trabalha em locais de altos ruídos, utilize protetores auriculares.

De maneira geral, adotar um estilo de vida saudável também pode ajudar e muito a se proteger contra o “tinnitus”. Fuja do cigarro e do excesso de bebidas alcoólicas e não se esqueça de ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas. Essas duas últimas medidas previnem contra o diabetes e a hipertensão, duas doenças bastante comuns nos dias de hoje e que provocam zumbido.

Faça uma boa semana. 

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