Críticas

Aécio vira alvo de bolsonaristas por projeto que pune quem não se vacinar

Proposta do deputado tucano quer a proibição de remunerações e até salários servidores públicos que não se vacinarem causou revolta nas redes bolsonaristas

Por Da redação com informações da Folhapress
Publicado em 28 de outubro de 2020 | 16:58
 
 
Aecio Neves Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO – 22.10.2013

A proposta do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) de criar sanções para quem não quiser se vacinar contra a Covid-19, nos mesmos moldes de quem deixa de votar, repercutiu nas redes bolsonaristas.

Conforme publicado na coluna Minas na Esplanada, Neves levou a proposta a Rodrigo Maia (DEM-RJ) nesta terça (27). Entre as restrições sugeridas pelo tucano impostas a quem deixar de se vacinar está a "proibição de remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público". 

O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, que se aliou a Jair Bolsonaro neste ano, criticou a ideia.

"Aécio Neves andava tão sumido que muitos nem lembram que ele é deputado federal. E Aécio resolveu aparecer apresentando um projeto que pune as pessoas que se recusarem a tomar vacina contra covid-19. Se é para apresentar uma besteira dessas, melhor continuar desaparecido", escreveu Jefferson, em suas redes sociais.

O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) também atacou a proposta.
"Aécio, pode começar a punição comigo. Não defenda aquilo que não existe", escreveu no Twitter.

O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, um dos apoiadores da criação do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar, reclamou que o projeto, se aprovado, feriria a Constituição.

"Estamos chegando perigosamente no limite! Engrenagens do sistema se juntam para RETIRAR nossa liberdade, garantida pelo TEXTO da CF. O projeto de lei do TUCANO Aécio Neves é inconstitucional, e atenta contra o regime vigente, violando a LSN, segundo o amigo @renatorgomesof1", escreveu.