Alessandro Vieira anuncia filiação ao PSDB de João Doria

O senador Alessandro Vieira (SE) trocou o Cidadania pelo PSDB. O anúncio da nova sigla foi feito na noite desta quinta-feira e a filiação acontecerá na próxima segunda-feira (21), em São Paulo. O destino é justamente uma sigla que vai estar unida ao antigo partido por meio de uma federação, o que tende a mudar pouco o quadro partidário no nível local. Alessandro Vieira, que chegou a lançar-se como pré-candidato do Cidadania à Presidência, decidiu deixar a sigla por divergências com a condução feita pelo presidente Roberto Freire.

"A boa política na prática e não só do discurso, me traz à decisão de me filiar nesse momento histórico do país ao Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB. Partido em que identifico liberdade para o exercício desses valores, e cuja democracia interna, compromisso com a renovação política, e sensibilidade popular, são equivalentes ao meu propósito na política", disse Alessandro Vieira em nota confirmando a filiação.

Na nota, o senador enfatizou a necessidade de união entre as forças políticas em uma frente ampla. Hoje, o PSDB discute com o União Brasil e o MDB a viabilização de uma candidatura única à Presidência. As legendas têm como nomes o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o presidente do União Brasil, Luciano Bivar. Além disso, eles tentam integrar o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) às conversas.

"O Brasil exige nesse momento que, em meio a uma profunda crise política, econômica e social, o maior número de forças democráticas se una numa frente ampla, para que possamos em outubro eleger líderes que conduzam o estado e o Brasil de volta ao rumo do desenvolvimento", disse Alessandro Vieira.

No último fim de semana, ao falar da desfiliação do Cidadania e antes de anunciar seu destino, Alessandro Vieira criticou a mudança de estatuto do partido, o que, segundo ele, permite a manutenção de Roberto Freire no poder por décadas.

"O Brasil exige renovação na política e o Cidadania responde mudando seu estatuto e garantindo a permanência de Roberto Freire por 34 anos na presidência. Por evidente incompatibilidade, manifesto minha desfiliação do partido. A democracia exige espírito público e desprendimento", afirmou no último sábado (12).

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