O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus, pode deixar o PV nos próximos meses. Nacionalmente, o partido negocia se fundir ou formar uma federação com a Rede e o Cidadania e, alternativamente, com o PSB. Como essa discussão ocorre a nível nacional, a depender da aliança o controle do partido ou da federação pode mudar de mãos, levando Patrus a optar por deixar a sigla.
Segundo apurou o Aparte, a saída não é um desejo dele. A troca de legenda está no radar para que não haja obstáculos no ano que vem para que Patrus seja o vice na chapa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), nas eleições para o governo de Minas. Pessoas próximas ao presidente da ALMG afirmam que a definição deve ficar para março, quando começa a janela partidária e é permitido mudar de partido sem perder o mandato.
Além de uma eventual fusão ou federação partidária, há resistência no PV de Minas em compor a chapa com Kalil. O presidente da sigla, Osvander Valadão, disse a O TEMPO na segunda-feira (22) que a aliança desagrada o partido e tem pouca chance de prosperar.
No mesmo dia, o PV participou de uma reunião com o PT, PSOL, PCdoB, PSB e Rede para discutir a formação de uma frente ampla para lançar um candidato ao governo de Minas e evitar a polarização entre Zema e Kalil no Estado. O movimento prejudicaria os planos de Agostinho Patrus de se aliar com o prefeito de Belo Horizonte.
Se decidir mesmo deixar o PV, o presidente da ALMG pode ir para três partidos, segundo aliados. Uma das opções é o Republicanos, onde o presidente do diretório estadual é o deputado federal Gilberto Abramo que é próximo do articulador político da campanha de Kalil, Adalclever Lopes (PSD).
Outra opção seria o PSD. Essa alternativa, no entanto, teria como consequência uma chapa pura com Kalil e Patrus, o que seria um ponto negativo porque o vice não traria consigo um partido que pudesse agregar tempo de propaganda eleitoral e recursos dos fundos partidário e eleitoral. A terceira opção seria o PSB.
O MDB também estava no páreo, mas perdeu força nesta semana depois de Adalclever Lopes anunciar a saída do partido. No início do mês, o ex-presidente Michel Temer esteve na Prefeitura de Belo Horizonte e, além de Kalil, convidou também o presidente da ALMG para se filiar ao partido.
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