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Governo Zema vai pagar 13° dos servidores da segurança em quatro parcelas

Publicado em: Qui, 28/03/19 - 03h00
Cidade Administrativa | Foto: João Godinho/O TEMPO

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Diante da pressão de servidores e de parlamentares, o governo de Minas decidiu que vai pagar em quatro parcelas, em vez de 11, como previsto inicialmente, o 13° referente a 2018 dos servidores da segurança pública. A decisão foi anunciada nessa quarta-feira, após reunião dos secretários de Governo, Custódio Mattos, e de Planejamento e Gestão, Otto Levy, com os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Coronel Sandro (PSL), Delegada Sheila (PSL), Eli Grilo (PSL), Bruno Engler (PSL) e os federais Subtenente Gonzaga (PDT) e Cabo Junio Amaral (PSL), além de comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e das chefias da Polícia Civil e do Gabinete Militar. De acordo com a nota conjunta assinada pelos parlamentares, que traz em seu teor uma nota oficial do Executivo mineiro, o débito será quitado integralmente no dia 21 de maio.

O Estado também assumiu o compromisso de pagar integralmente o abono-fardamento dos servidores da segurança juntamente com a primeira parcela dos vencimentos de junho. A continuidade dos repasses semanais para o Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM) também faz parte do acordo. Em relação às recomposições inflacionárias e a volta do pagamento no quinto dia útil, que também faziam parte da pauta de reivindicações dos servidores, o governo de Minas informou em nota que trabalha em um “diálogo contínuo com o objetivo de construir um plano” para que eles sejam atendidos. 

Como informou O TEMPO, sindicatos e associações das forças de segurança pública do Estado haviam convocado para amanhã uma manifestação seguida de audiência pública na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro. A categoria chegou a cogitar a realização de uma passeata até a casa do governador Romeu Zema (Novo), na região da Pampulha, e planejar um protesto com cerca de 10 mil pessoas, contando com a participação de servidores do interior.

Após o anúncio de acordo, os servidores cancelaram o protesto, mas mantiveram a audiência pública, que agora será realizada durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), às 13h, na mesma data. “Consideramos que houve um avanço na pauta. Dessa forma, vamos debater com mais tranquilidade e calma os avanços que tivermos em uma audiência pública na ALMG”, explicou o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB).

De acordo com o coordenador do movimento em defesa dos direitos dos policiais militares e civis, Domingos Sávio de Mendonça, o acordo não foi o esperado, mas permitiu avanços. “O acordo não foi o ideal, mas foi o possível, e eu queria agradecer à equipe do governador por compreender que nós estávamos lutando por direitos, e não por privilégios e mordomias. Às vezes, fomos um pouco incisivos porque estávamos machucados”, disse.

No dia 22 de fevereiro, enquanto deputados negociavam um acordo com Zema, em reunião na Cidade Administrativa, servidores fecharam a MG–010, principal via que liga a capital mineira ao aeroporto de Confins, nos dois sentidos, e queimaram caixões com adesivos do Partido Novo. A manifestação provocou descontentamento do governador, que alegou a quebra de acordo entre as partes e, naquele dia, encerrou as negociações.

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