"Revoltada"

Após carta de Jefferson, presidente do PTB reclama de 'abandono' de Bolsonaro

A presidente do PTB justificou a carta de Jefferson como um “desabafo e afirmou estar um “pouco triste com a posição de Bolsonaro de se aproximar do PP e do PL

Por Renato Alves
Publicado em 28 de outubro de 2021 | 12:14
 
 
Graciela Nienov, vice-presidente do PTB, com Roberto Jefferson no hospital Foto: Reprodução/Youtube

Após a divulgação da carta do ex-deputado Roberto Jefferson, em que ele ataca o presidente Jair Bolsonaro, a presidente em exercício do PTB, Graciela Nienov, reclamou do "abandono" do presidente da República e criticou possível ida dele para o PP ou o PL.

“Há revolta! Eu também estou revoltada com o abandono do nosso presidente, confesso. Tentamos marcar agenda com ele, que não aceitou. Não quis nos receber no Palácio. E você vê teu líder (Jefferson) preso, em nome das liberdades, e acontece isso”, disse Graciela Nienov em mensagem de áudio divulgada pelo partido nesta quinta-feira (28).

Jefferson disse na carta, publicada na quarta-feira (27) pelo jornal O Globo, que Bolsonaro cercou-se de "viciados em êxtase com dinheiro público" e que ele e seu filho se "viciaram em dinheiro público" também. 

A presidente do PTB justificou a carta de Jefferson como um “desabafo” e afirmou estar um “pouco triste” com a posição de Bolsonaro de se aproximar do PP e do PL.

“O presidente (Bolsonaro) não pode ir para o PP, metade (do PP) é de esquerda. O Nordeste todo está fechado com o PP. Gente, o PL tem um presidente (Valdemar da Costa Neto) que foi envolvido no  mensalão, numa organização criminosa. Como um homem de bem pode ir para esses partidos?”, disse Nienov.

A política, no entanto, negou rompimento com Bolsonaro e ressaltou que o partido reforçou o apoio ao presidente em uma reunião mensal da sigla realizada na quarta-feira.

“Em momento algum a gente falou que romperia com o Bolsonaro. Na reunião a gente saiu firme em apoio ao Bolsonaro. Ontem fomos pegos de surpresa por uma carta interna do partido que vazou. É bom deixar isso claro, que a carta era para o diretório, especificamente.”

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