Pesquisa

Avaliação negativa de Bolsonaro sobe 12 pontos em 2020, diz CNT/MDA

São 43% os que avaliam hoje a administração do presidente como ruim ou péssima, contra 32% que avaliam como boa ou ótima

Por Ricardo Corrêa
Publicado em 12 de maio de 2020 | 11:42
 
 
Jair Bolsonaro Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) aponta que o a avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro aumentou 12 pontos percentuais entre janeiro e maio de 2020. Os novos resultados foram colhidos entre os dias 7 e 10 de maio, após o instituto entrevistar 2.002 pessoas em todo o país. 

De acordo com os números, em janeiro, eram 35% os que avaliavam o presidente positivamente (soma das respostas para ótimo e bom). Agora, são 32%. Já os que avaliam negativamente (ruim ou péssimo) foram de 31% para 43% o período. É o maior índice desde o início do governo. Já o índice dos que avaliam o governo do presidente como regular passou de 32% para 23%.

Em relação ao desempenho pessoal do presidente, a situação de empate técnico registrada em janeiro também deixou de existir. Hoje são 55% os que reprovam Bolsonaro (eram 47%), e 39% os que aprovam (eram 48%).

Apesar de rejeitarem o presidente, a maior parte dos brasileiros apoia a atuação do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. São 51,7% os que aprovam e 42,3% os que reprovam. Os governos estaduais, porém, têm resultado melhor: 69,2% aprovam e 26,8% desaprovam.

Manifestações

O estudo do CNT/MDA mostra também que a maior parte dos eleitores brasileiros são contra as manifestações contra o Congresso e o STF. São 51,8% os que rejeitam em 28,8% os que apoiam. Outros 10,8% não são nem a favor nem contra e 8,6% não sabem ou não responderam.

A pesquisa também mostra um forte apoio ao isolamento social no Brasil. São 67,3% os que acham que o isolamento "deve ser praticado por todos, independentemente e ser ou não do grupo de risco". Já para 29,3%, o isolamento "só deve ser praticado pelas pessoas que fazem parte do grupo de risco". Outros 2,6% acham que não deveria existir isolamento social", enquanto 0,8% não sabe ou não respondeu.

Os brasileiros também defendem o adiamento das eleições municipais por causa da pandemia. São 62,5% os que pensam assim, contra 30,4% que são contra. Outros 7,1% não sabem ou não respondeu.

A pesquisa foi realizada por telefone. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.