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Barbados

Em Barbados, o Brasil mantém a embaixada desde a década de 80

Por Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 | 03:00
 
 

Em Barbados, o Brasil mantém a embaixada desde a década de 80. Ela funciona em uma casa ampla e bem-localizada em Bridgetown, onde a reportagem foi recebida pelo embaixador Appio Claudio Acquarone. A embaixada conta com quatro servidores do Ministério das Relações Exteriores, além do próprio embaixador e de outros cinco funcionários contratados na própria ilha. Considerando os salários do embaixador, de dois diplomatas, de dois servidores do ministério e um orçamento anual médio de US$ 430 mil, o custo da representação é de R$ 1,79 milhão por ano. Questionado sobre esses gastos, Accquarone disse apenas que a estrutura que comanda é mediana. “Temos de dez a 12 pessoas trabalhando. Não é uma embaixada que custa muito e não é pequena como as que estamos abrindo em outros países”, explicou, sem detalhar o valor do seu orçamento.

Depois de confirmar que Barbados não é um mercado representativo para o Brasil (o saldo da balança entre os dois países é de US$ 14,8 milhões), que o turismo da ilha é alimentado quase que exclusivamente pelos Estados Unidos e alguns países da Europa e que, hoje, cerca de apenas 35 brasileiros vivem na ilha, o embaixador disse que a ideia de manter a representação ali tem “um cunho político”. “O Brasil assume um papel de relevância na América. É mais uma ideia de interagir com áreas onde não estávamos presentes”, disse.

Acquarone explica que uma das funções da embaixada é ampliar as relações do Brasil na região e cita dois exemplos: a tentativa de organizar um centro de pesquisa em parceria com a Universidade das Ilhas Ocidentais e as negociações para criação de um voo direto entre São Paulo (Guarulhos) e Barbados, uma vez por semana, para estimular o turismo. A linha já está em funcionamento e é subsidiada pelo governo da ilha. Assim, mesmo que nem todas as cadeiras sejam vendidas, a empresa recebe o valor do voo completo. O centro de pesquisa é ainda uma promessa. “Queremos cooperar com o governo de Barbados e compartilhar novas tecnologias já desenvolvidas no Brasil”, disse. 

 

Conheça o embaixador Appio Acquarone

 

Formação. Tem 64 anos e é advogado formado pela Universidade Cândido Mendes. No Instituto Rio Branco, fez o curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (1984) e o curso de Altos Estudos (1999). É ministro de segunda classe desde 2004.

Serviço. Foi assistente na Divisão da Organização dos Estados Americanos, cônsul adjunto em Buenos Aires, conselheiro em Ottawa, conselheiro em Haia, coordenador geral de Privilégios e Imunidades, e embaixador em Dar-Es-Salaam, na Tanzânia.