O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, em evento de lançamento do “Projeto Pró-Águas Urucaia”, em Arinos, região Noroeste de Minas Gerais, nesta sexta-feira (17), que “só Deus” o tira do cargo. “Quem me colocou aqui foi Deus. Só ele me tira daqui”, afirmou o chefe do Executivo, em meio a gritos de “mito” e uma claque de apoiadores. Ao lado dele, o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), esteve presente e também discursou.
“Nada temos a temer. Nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna. O que mais me conforta é saber que na minha cadeira lá em Brasília não está sentado um comunista”, defendeu Bolsonaro. No breve discurso, ele argumentou que “cada vez mais se nota no Brasil a predominância do verde e amarelo” ao invés “do vermelho”, e congratulou o governador de Minas por ter vetado um projeto aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que trata sobre respeito às identidades e expressões de gênero.
“Temos que nos unir. Cada vez mais deixar o que nos separe. Não podemos aceitar a política da esquerda de nós contra eles, de homos contra heteros, de brancos contra afrodescendentes, de nordestinos contra sulistas, de homens contra mulheres, patrão contra empregado. Somos um só povo”, continuou.
Como vem fazendo há alguns meses, Bolsonaro parabenizou o agronegócio brasileiro por não ter “parado” durante a pandemia de Covid-19 e afirmou que o Marco Temporal, discutido no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode mudar a delimitação de terras indígenas no país, é “um risco para a segurança alimentar” do Brasil e do mundo.
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