Alavancar turismo

Deputados federais defendem volta dos cassinos no Brasil

Parlamentar do AM disse que instalação de plataformas de jogos em regiões menos desenvolvidas diminuiria desigualdade

Por Heitor Mazzoco
Publicado em 30 de setembro de 2021 | 19:14
 
 
Delegado Pablo citou que a região amazônica precisa de novos modelos de desenvolvimento Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Em seminário promovido pela Comissão de Turismo nesta quinta-feira (30), deputados federais defenderam o retorno dos cassinos no Brasil para alavancar turismo e, consequentemente, a renda no país, principalmente em um período de crise econômica por causa da pandemia da Covid-19.

O deputado Delegado Pablo (PSL-AM) afirmou que a criação de plataforma de jogos poderia diminuir a desigualdade regional no País. O deputado citou como exemplo a cidade de Las Vegas (EUA), conhecida mundialmente pelos cassinos, que fica no deserto americano.  

"A gente tem uma realidade no Brasil que acontece no Brasil, que é o jogo e a proibição que causa uma série de danos ao nosso país, seja na geração de emprego, no fomento ao turismo, seja no recolhimento de tributos. Mas principalmente que é redução de desigulades regionais. Falamos aqui sobre Las Vegas. Quando se pensou em criar o jogo nos EUA, jogou no meio do deserto. Colocou numa região que não produzia nada para produzir riqueza. E nós temos tantas regiões no Brasil que têm dificuldade de levantar renda e gerar recursos", disse o parlamentar. 

Uma proposta que tramita desde 1991 na Câmara dos Deputados pede reabertura de cassinos, que caíram na ilegalidade em 1946, após decreto do então presidente Eurico Gaspar Dutra. 

Para o deputado Delegado Pablo, seria positivo instalação de plataforma de jogos, por exemplo, na Amazônia.

"Mecanismos produtores de renda como Zona Franca de Manaus estão ficando ultrapassados. Por que não pensar na plataforma dos jogos no meio da Amazônia, no meio do Semiárido?", citou o parlamentar. 

Durante o encontro, o presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IBJL), Magno José, disse que o país deixa de arrecadar R$ 22 bilhões por ano ao não regularizar os jogos.