R$ 148 mi no total

Muralhas em presídios de segurança máxima custarão R$ 37 milhões cada uma

Em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara, ministro da Justiça informou valores que serão investidos em quatro das cinco penitenciárias federais

Por Hédio Júnior
Publicado em 16 de abril de 2024 | 18:37
 
 
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (esq) defendeu os investimentos do governo nas penitenciárias federais durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou nesta terça-feira (16) que cada uma das muralhas que serão construídas para reforçar a segurança das penitenciárias de segurança máxima custará R$ 37 milhões. O governo federal é responsável pela gestão de cinco unidades prisionais no país. Lewandowski anunciou o investimento durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

O aporte na estrutura de segurança é uma resposta do governo federal após a fuga histórica de dois presos da Penitenciária de Segurança de Mossoró (RN) em 14 de fevereiro deste ano. A fuga custou aos cofres públicos cerca de R$ 6 milhões até que os foragidos fossem recapturados, 51 dias depois de escaparem.

A construção das muralhas começou na penitenciária federal de Porto Velho (RO) e deve seguir depois para outras três unidades, com estimativa de conclusão até agosto de 2025. Das cinco penitenciárias federais, apenas a de Brasília (DF) já conta com o reforço e não passará por esse tipo de intervenção em sua estrutura. 

De acordo com Ricardo Lewandowski, o governo federal foi ágil em dar respostas após a fuga dos presos, tanto no investimento do aparato na captura quanto na reforma do presídio para onde os capturados foram levados de volta. No total, quatro pessoas foram afastadas do cargo da direção da penitenciária de Mossoró e abertos dez processos administrativos disciplinares (PADs). 

"A situação que levou à fuga está corrigida, reforçamos as celas, trocamos as luminárias, [servidores estão] fazendo cursos de capacitações. As questões estruturais estão superadas", garantiu.