Redes sociais

Renan e Dallagnol trocam farpas no Twitter após ação contra bens de Moro

A indisposição entre os dois aconteceu após críticas do ex-procurador ao pedido para que o TCU declare a indisponibilidade dos bens de Moro por suspeitas em contrato de consultoria

Dom, 06/02/22 - 11h19

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol trocaram farpas pelo Twitter na noite de sábado (5). A discussão começou quando o parlamentar chamou Deltan de “pivete” com registro de “trangressões, delitos e abusos” na carreira no Ministério Público Federal.

Segundo Renan, o ex-procurador já foi condenado duas vezes pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ações relacionadas a ele. Em uma das vezes, Dallagnol sofreu punição de censura após publicações nas redes sociais que o CNMP entendeu como tentativas de interferir nas eleições para a presidência do Senado em 2019.

“Deltan Dallagnol é um pivete conhecido com uma folha corrida cheia de trangressões, delitos e abusos. Eu já o condenei 2 vezes no CNMP e na justiça. Mas isso é pouco para a ficha policial dele. Responderá e haverá de pagar pelos outros crimes que cometeu”, disse Renan.

A reação de Renan aconteceu após as críticas de Dallagnol ao subprocurador-geral Lucas Furtado, que pediu a indisponibilidade de bens do pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sergio Moro, ao Tribunal de Contas da União (TCU), sob alegação de suposta sonegação de impostos nos pagamentos que o ex-juiz recebeu por contrato de consultoria com a empresa Alvarez & Marsal.

O ex-procurador, que foi chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato e recentemente se filiou ao Podemos na intenção de concorrer a um cargo de deputado federal pelo Paraná, respondeu à provocação e insinuou a presença de Renan na lista de políticos que tem “ficha marcada por crimes, roubalheira e coronelismo”.

“Senador, tenho 3 coisas a lhe dizer: Há políticos com uma ficha marcada por crimes, roubalheira e coronelismo. Cupins que se alimentam da República há vários anos. Não estou nesta lista, mas o povo sabe quem está”, iniciou Dallagnol .

“Realmente, como você bem diz, debaixo da sua influência, o CNMP me puniu por ter feito críticas ao STF e à sua atuação. Não devia ser assim: a República não devia ser de pessoas, mas do povo. Devia seguir as leis e respeitar a liberdade de expressão”, continuou.

“Seu ódio contra mim e a Lava Jato não é correspondido. Somos movidos pelo amor à sociedade. Lutamos por justiça e pelo que é certo. Ofensas suas falam sobre quem você é, não sobre mim”, finalizou o ex-procurador contra Renan.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.