POLÍTICA

Conselho admite trabalhar ‘informalmente"

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2005 | 23:39
 
 

BRASÍLIA " O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou ontem que o Conselho vai se reunir "informalmente" durante o mês de janeiro caso não haja a convocação extraordinária do Congresso.

Segundo Izar, poderão ser feitas até mesmo tomadas de depoimentos das testemunhas nos casos em que os deputados acusados aceitem a continuidade dos trabalhos durante o recesso parlamentar.

"Se não houver convocação, vamos nos reunir informalmente e tocar alguns casos com a anuência do representado. Somente com a permissão do deputado representado e dos seus advogados podemos avançar com os trabalhos, sob pena de anulação do processo depois", afirmou.

O presidente do Conselho participou ontem da reunião dos presidentes da Câmara e do Senado com as lideranças partidárias para tratar da convocação extraordinária do Congresso em janeiro. Izar defendeu a aprovação imediata do projeto de decreto legislativo que acaba com a remuneração extra para a convocação.

"Se o Conselho trabalhar durante o recesso teremos oito processos prontos para votação no dia 15 de fevereiro. Se o Conselho não trabalhar, estes oito processos só serão retomados em fevereiro e estarão prontos para votação no final de março", explicou o deputado paulista.

Izar informou que já convocou para o dia 15 de fevereiro, data do retorno oficial dos trabalhos legislativos, uma reunião com todos os relatores de processos.

Orçamento
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), voltou a culpar o governo pela demora em votar o orçamento de 2006. Ele disse que ninguém fez qualquer tipo de apelo para que o PFL mude sua posição, de querer o encerramento dos trabalhos do Congresso no dia 15 de dezembro.

Já o líder tucano, deputado Alberto Goldman (SP), defende a convocação. "Não adianta correr para votar o orçamento. Tem que votar primeiro a revisão do Plano Plurianual. Não tem condições de votar o orçamento sem convocação extraordinária", afirmou.