São Paulo. A Polícia Federal deflagrou nessa sexta-feira (21) mais uma fase da operação Acrônimo. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo três deles em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. A ação tem origem na delação premiada da publicitária Daniele Fontes, dona da agência Pepper, que prestava serviços ao PT.
Em seus depoimentos, Daniele relatou que foi pago R$ 1,5 milhão em caixa 2 para a campanha ao Senado do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), principal alvo da Acrônimo. Os repasses teriam ocorrido em 2010.
Os policiais fizeram buscas em quatro empresas: Sindicato das Empresas de Transporte de Belo Horizonte (Setrabh), Camter Construções e Empreendimentos, Egesa e ECB.
Procurada, a ECB informou que não vai se manifestar. A Comte disse que “está colaborando e sempre irá colaborar com a Polícia Federal”.
Na Egesa, um funcionário informou que o expediente na empresa é de segunda a quinta-feira, por isso, não haveria ninguém para falar em nome da companhia nessa sexta-feira (21). O Setrabh não se manifestou até o fechamento desta edição.
O advogado de Fernando Pimentel, o criminalista Eugênio Pacelli, lamentou a operação baseada em delação premiada. “Sobre a última ‘difamação premiada’, lamentamos que tão importante instrumento processual esteja sendo frequentemente realizado ao arrepio da lei, desprovido de qualquer prova idônea, e limitado a declarações que sabidamente jamais serão comprovadas”, disse.
Alvo. A Acrônimo apura condutas de Pimentel em várias frentes de investigação. O governador é suspeito de receber vantagens indevidas de empresas que mantêm relações com o BNDES.
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