Sumiço

Coronel revela como eliminava opositores 

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 22 de março de 2014 | 03:00
 
 

Rio de Janeiro. Um rio da Região Serrana, nas proximidades do distrito de Itaipava, foi o destino dos corpos das vítimas da Casa da Morte de Petrópolis. E nada foi feito sem o conhecimento prévio dos generais do regime militar.

Em 20 horas de depoimento à Comissão Estadual da Verdade, o coronel reformado Paulo Malhães, de 76 anos, um dos mais atuantes agentes do Centro de Informações do Exército (CIE) nos anos de chumbo, finalmente deu as respostas perseguidas há décadas.

Ele também confirmou ter desenterrado e sumido com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto sob torturas em janeiro de 1971, e explicou como a repressão fazia para apagar os vestígios de suas vítimas.

Um dos trechos marcantes do depoimento é o método de desaparecimento. Para evitar o risco de identificação, as arcadas dentárias e os dedos das mãos eram retirados.

Atrocidade

Método. Os corpos eram colocados em plásticos e jogados no rio, com pedras de peso calculado para evitar que afundasse ou flutuasse. O ventre também era cortado, assim o corpo seguia o curso do rio.