BRASÍLIA. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba pela Lava Jato, disse, em conversas sobre seu futuro livro, sobre os tempos no comando da Casa que teria vivido “um cabo de guerra” antes de aceitar abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
A informação, publicada pela coluna Painel, do jornal “Folha de S.Paulo” teria sido repassada ao dono da editora Matrix, Paulo Tadeu, em 2016, quando o ex-deputado almoçou com o empresário para discutir detalhes do livro que gostaria de publicar pelo selo.
Com a prisão, Eduardo Cunha abortou, por enquanto, a ideia do livro. A editora, no entanto, tenta manter as negociações mesmo após o revés do peemedebista.
Não é a primeira vez que Cunha trata de bastidores do impeachment, tema principal de seu futuro livro. Em nota divulgada da cela que ocupa no Paraná, ele disse, há uma semana, que o presidente Michel Temer (PMDB), na época vice de Dilma, avalizou o documento em que ele abria o processo contra a petista. Dias antes, Temer havia afirmado que Cunha só abriu o processo por ter sido traído pelo PT no Conselho de Ética.
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