Outro anexo

Delator afirma ter 'bancado' ministro do Esporte de Lula

Ao se referir ao ministro que teria recebido o dinheiro sujo, Valério citou o nome “Agnaldo Pacheco

Por Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2017 | 03:00
 
 
Agnelo Queiroz diz não ter havido irregularidades em sua gestão Elza Fiuza/ABr 21.3.2013

Em outro anexo da delação de Marcos Valério à Polícia Federal, o empresário afirma ter feito repasses e “bancado” um ministro do Esporte do governo Lula (PT), por meio de valores incluídos de forma irregular em faturas de gastos do então titular da pasta.

Ao se referir ao ministro que teria recebido o dinheiro sujo, Valério citou o nome “Agnaldo Pacheco”. Na administração de Lula, ocuparam o Ministério do Esporte o ex-governador do DF e, na época, deputado Agnelo Queiroz (PT) e Orlando Silva (PCdoB), que não era deputado.

“Durante a operação da conta do Ministério do Esporte, a pasta era controlada pelo deputado ‘Agnaldo Pacheco’, a quem a agência teve que bancar os custos do ministro em dinheiro, valor este solicitado pelo próprio e operado na agência e entregue em dinheiro embutido nas faturas”, descreve o empresário.

Considerando a semelhança de nomes e que só Agnelo era deputado, como citou o delator, a reportagem procurou a defesa de Agnelo Queiroz. O advogado Paulo Machado, condenado junto de Agnelo na semana passada por improbidade administrativa no DF, negou qualquer irregularidade do cliente. “Para começo de conversa, a deleção não faz referência ao nome dele. Em segundo ponto, negamos qualquer tipo de irregularidade na gestão de Agnelo”.