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Denúncia contra políticos promete agitar o Congresso

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda que a denúncia do Ministério Público Federal ao STF não vai paralisar a Casa

Por Da Redação
Publicado em 06 de fevereiro de 2015 | 22:50
 
 

Brasília. Essa será uma semana decisiva para a operação Lava Jato. Até sexta-feira, o procurador geral Rodrigo Janot deverá apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra políticos suspeitos de envolvimento com desvios de dinheiro na Petrobras. O grupo de trabalho, criado por Janot, já concluiu o estudo.
 

Só falta a revisão de cada uma das peças a ser encaminhada ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF. O posicionamento de Janot é aguardado ansiosamente pelos parlamentares. Ao todo, a equipe do procurador analisou 42 casos de corrupção, fraude e outros crimes descritos por Alberto Youssef e por Paulo Roberto Costa. Em depoimentos, Costa citou entre 35 e 40 políticos que estariam envolvidos no esquema. Os envolvidos seriam do PP, PMDB e PT.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda que a denúncia do Ministério Público Federal ao STF não vai paralisar a Casa. Segundo ele, há um processo regimental a ser seguido, que é demorado. “A Câmara não vai parar. Primeiro, que não tem processo de cassação. Para começar um processo de cassação vai demorar muito. Tem que ter representação, depois tem que ter admissibilidade, e depois de votar admissibilidade, tem que instaurar o processo. A Casa vai trabalhar normalmente”, disse.

Trâmite

Cassação. Se as denúncias se confirmarem, os deputados devem ser alvo de processos de cassação no Conselho de Ética. Após análise, a perda, ou não, do mandato é submetida a voto.