Regime

Dilma faz dieta de R$ 6.000 

Método Ravenna, que deixou a presidente 6 kg mais magra, é febre entre ministros do Planalto

Seg, 19/01/15 - 03h00

Além de se preocupar com o corte de despesas do orçamento de 2015, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), está focada em perder peso. Em dezembro do ano passado, a petista aderiu à dieta conhecida como Método Ravenna, que já pode ter custado, até agora, cerca de R$ 4.000, mas exige investimento mínimo de R$ 6.000 para obter o resultado desejado.

Nos bastidores da política o que se comenta é que o objetivo da presidente é emagrecer 13 kg. Ela ainda não atingiu a meta, mas na cerimônia da posse, no último dia 1º, já havia perdido 6 kg que fizeram diferença na solenidade. A assessoria do Palácio do Planalto não comenta o assunto. No entanto, funcionários da clínica Ravenna, do médico e psicanalista argentino dr. Máximo Ravenna, ouvidos por O TEMPO, garantem que a presidente ainda faz tratamento no local e já pagou pelo mês de janeiro.

A primeira fase do método – a do emagrecimento –, não tem duração determinada e custa, por mês, R$ 1.910. A segunda etapa, de manutenção, pode se estender por até cinco meses e custa, a cada 30 dias, R$ 800.

Admitindo que um paciente atinja o objetivo com um mês e faça outros cinco de manutenção, são pelo menos R$ 6.000 de investimento na nova silhueta.

A última dieta que Dilma fez foi no fim de 2013, mas, com o intenso ritmo de trabalho, principalmente por conta da eleição, contam alguns auxiliares, ela voltou a engordar. Agora, acompanhada por uma equipe multidisciplinar, a presidente tem suas refeições preparadas pela chef do Palácio da Alvorada, Andréa Munhoz. Dilma não pode consumir alimentos que contenham farinha branca, muito menos doces e carboidratos. Antes de cada uma das quatro refeições diárias, ela ingere um caldo bem quente para inibir o apetite. Além disso, a presidente retomou as caminhadas diárias.

A dieta foi indicada pelas ministras Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), que mandou embora 17 kg, e Miriam Belchior (ex-Planejamento), que perdeu 12 kg. As duas passaram a frequentar a clínica também em 2014. Em Brasília, o local é o “point” dos que querem emagrecer. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi outro que aderiu ao método e perdeu 5 kg em menos de dois meses.

Ponderação. Para a médica Rosana Radominski, diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), essa dieta, porém, não é confiável. “Não há como você ficar muito tempo nesse tratamento porque o organismo vai apresentar deficiência de nutrientes, e, consequentemente, se perde saúde”.

A nutricionista Patrícia Cardoso afirma que a prática não deve ser adotada. “Nem tudo que dá resultado é bom e duradouro. Essa dieta radical não ensina o mais importante, que é a reeducação alimentar”, explica.

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