Já há um tempo, a corrida e o ciclismo vêm recebendo adeptos em progressão exponencial. No entanto, o momento atual potencializou ainda mais essa escalada! Com a pandemia, caminhar, correr ou pedalar foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma opção mais segura de lazer, deslocamento e prática esportiva. Ainda, sabe-se que o esporte contribui para a saúde física e mental das pessoas.
Assim, na busca por atividades individuais de fácil acesso e livres de aglomeração, mais e mais pessoas optaram por essas modalidades. O fechamento e as limitações das academias acabaram por fortalecer essa adesão.
No tocante ao mencionado acima, basta se dirigir a uma loja de bicicletas ou de tênis de corrida para se ter uma noção do aumento da demanda desse mercado: a escassez de produtos é geral!
A somatória da alta procura com as dificuldades de produção e entrega ocasionadas pela pandemia agravam tal indisponibilidade e, no caso de produtos que contam com insumos importados, provocam também forte aumento nos preços.
Os fatores positivos, por outro lado, são muitos. O primeiro deles é o crescimento nas vendas, movimentando a economia e gerando empregos no comércio e na indústria. A comercialização de artigos esportivos chegou a cair ao longo de 2020, com as dúvidas sobre quais atividades físicas seriam possíveis. Porém, somente na segunda quinzena de fevereiro deste ano, em comparação com igual período do ano passado, as vendas cresceram 127%, de acordo com dados da consultoria Criteo.
Já o balanço da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) mostra um crescimento de 50% nas vendas de 2020 sobre as de 2019, com um pico de 118% apenas na comparação entre os meses de julho dos dois anos. No setor de seguros, a emissão de apólices para bicicletas aumentou entre 46% e 80%, dependendo da seguradora, de 2020 para cá. E os números, segundo a Aliança Bike, só não foram maiores – e estão mais contidos neste ano – pela falta de produtos para vender.
As fabricantes de bicicletas do Polo Industrial de Manaus, por sua vez, preveem produzir 750 mil unidades neste ano, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Esse volume é 12,8% superior à produção de 2020, que chegou a pouco mais de 665 mil unidades.
Além dos benefícios para a saúde e a forma física das pessoas, bem como para a indústria e o comércio, outro fator pode dar uma contribuição importante para o momento de recuperação da economia mineira. Nosso Estado é particularmente atraente para atividades derivadas do ciclismo e da corrida, como as modalidades de mountain bike, o cicloturismo, o trekking, cross country e várias outras. São modalidades que até já deveriam estar sendo exploradas antes, mas que podem ganhar espaço para ajudar na retomada dos setores de turismo e eventos em Minas, ambos fortemente impactados pela pandemia.
Sou um entusiasta da corrida e do ciclismo, seja em trajetos urbanos, nas estradas ou nas montanhas, por lazer, deslocamento ou competição. A defesa do esporte e da atividade física como forma de prevenção e manutenção da saúde é uma bandeira em meu mandato. Portanto, me sinto extremamente feliz e satisfeito em ver pessoas à minha volta ingressando no esporte e, mais ainda, em poder incentivá-las e influenciá-las.
A nós, mineiros: temos à nossa disposição a “disneylândia da corrida e do ciclismo de montanha”! Vejo você nas pistas!
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