Doorgal Andrada

Sonho realizado: representar Minas e o Brasil no esporte!

IronMan 70.3 e lições sobre a busca do melhor de nós

Por Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2021 | 16:52
 
 

No artigo de hoje, peço licença aos leitores para tratar de um tema já abordado outras vezes, o esporte, mas, desta vez, com uma motivação pessoal. Neste sábado, disputo o Campeonato Mundial IronMan 70.3, que será realizado nas montanhas de St. George, no Estado de Utah, nos Estados Unidos. É a realização de um sonho poder representar Minas e o Brasil em uma das competições mais importantes do mundo no triatlo (natação, ciclismo e corrida), esporte que amo e pratico desde os 19 anos.

Para quem não conhece a modalidade, no IronMan 70.3 a prova é disputada na metade das distâncias de um IronMan completo, expressas em milhas. Assim, serão 1,93 km de natação (1,2 milha), 90,1 km de ciclismo (56 milhas) e 21,1 km de corrida (13,1 milhas). Ou seja, é uma prova que exige determinação, foco e resistência, desafiando tanto os limites físicos quanto mentais do atleta.

Para estar aqui hoje, superar os limites tem sido uma constante, como ocorre com todo atleta que busca seu melhor desempenho. Já tinha realizado um sonho, quando disputei e concluí o IronMan de Florianópolis (3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,2 km de corrida), em 2017. Agora, chegar ao mundial exigiu atingir um patamar ainda mais elevado de preparação e aperfeiçoamento.

A qualificação para o mundial foi obtida em março de 2020, no IronMan 70.3 de Bariloche, na Argentina. Foi um momento de consolidação de anos de evolução dentro do esporte, sempre conciliando os treinos com outras atividades. Ou seja, foi necessário nadar, correr e pedalar em horários alternativos, como a madrugada ou à noite, para não comprometer os estudos, em um primeiro momento, e as responsabilidades dos mandatos de vereador e deputado.

Tudo isso se repetiu entre a prova de Bariloche e este momento, com as dificuldades adicionais impostas pela pandemia. Diante de uma crise sanitária de proporções mundiais, obviamente, toda a atenção e o trabalho se voltaram para garantir a assistência à população. A pandemia resultou também no cancelamento de praticamente todo o calendário esportivo, inclusive do Campeonato Mundial que seria disputado na Nova Zelândia, em novembro do ano passado.

Neste ano, as competições foram retomadas, e tivemos a oportunidade de acompanhar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos realizados em Tóquio, no Japão. De certa forma, eles representaram a capacidade de superação da humanidade, mesmo em momento de perdas tão duras de milhões de vidas ao redor do mundo. O esporte tem o condão de expressar a busca pelo melhor de nós mesmos, pelo máximo que podemos oferecer, servindo de espelho para todas as outras atividades.

Aprendi que foco, disciplina, determinação, resistência e resiliência são importantes não apenas para nadar, pedalar e correr melhor. Aprendi com o esporte que essas características virtuosas são fundamentais em qualquer atividade da qual esperamos resultados, seja ela profissional ou pessoal. É por isso que defendo a prática esportiva como algo benéfico para a saúde física e mental das pessoas, mas também como ferramenta de evolução pessoal e formação de caráter. E é por isso que este momento é tão especial.

Por fim, nesta véspera de prova, lembro que ninguém conquista nada sozinho. Para chegar aqui, contei com a ajuda de treinadores, amigos e familiares, que sempre estiveram ao meu lado, vibraram nas conquistas e deram apoio e estímulo nos momentos mais difíceis. O resultado da prova, amanhã, depende de muitos fatores, mas, seja como for, será um sonho realizado: Minas, presente! Brasil, presente!