pegadinha

Estudantes pregam peça em Alckmin com selfie

Os jovens, que estudam em um cursinho da região do Largo Treze de Maio, em São Paulo, protestavam sobre a crise no abastecimento de água que atinge a região metropolitana da capital paulista

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 03 de outubro de 2014 | 17:22
 
 
Alunos de um cursinho em São Paulo levantaram cartaz de protesto sobre a crise hídrica sem que Alckmin percebesse Facebook/Divulgação

Em corpo a corpo com eleitores, o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), foi alvo nesta sexta-feira (3) de um protesto bem humorado. Em caminhada no largo Treze de Maio, na zona sul da capital paulista, estudantes de um cursinho pré-vestibular pediu para tirar uma fotografia com o tucano.

Nem bem foi batido o primeiro retrato, uma das integrantes do grupo levantou, sem o governador perceber, uma folha de papel com crítica à crise de desabastecimento do sistema Cantareira.
"Cadê a água?", questionava o cartaz.

Ao perceber a pegadinha, o tucano retirou-se com um semblante sorridente e evitou demonstrar incômodo com a manifestação. O grupo de estudantes, no entanto, levou uma bronca de um dos seguranças do governador.

"Não há necessidade disso", disse. O protesto foi armado por uma das estudantes que, ao voltar do almoço para aulas no cursinho, deparou-se com a atividade de campanha do candidato à reeleição.
Crítica à atual administração estadual, ela chamou um grupo de colegas para fazer o protesto. O cartaz foi levado junto com outras folhas, para não chamar atenção.

"Nós pedimos a ele para tirar foto e ele acabou topando", explicou Aline Cerqueira Dias, de 18 anos.
Segundo ela, a manifestações foi motivada por reclamações de estudantes do cursinho de que tem havido cortes de água em suas residências no período noturno.

"A gente resolveu fazer isso porque não gostamos da maneira como ele governa São Paulo. Ele fala em entrevista que não há racionamento, mas falta água na casa de muitos amigos do nosso cursinho. E ele nega isso", reclamou.

Não é a primeira vez que o tucano enfrenta protestos por conta da crise da água. Em agosto, durante vistoria a obra no metrô, o governador foi vaiado por usuários do transporte público.