Gabriel Azevedo

Democracia se aprende na escola

RenovaBR forma pessoas comuns para a liderança política

Por Da Redação
Publicado em 06 de dezembro de 2019 | 03:19
 
 

Política pode ser ensinada? É possível formar políticos que exerçam mandato pautado por transparência, defesa dos interesses da sociedade, responsabilidade e honestidade na utilização de recursos públicos? A resposta é sim para as duas indagações. E, mais que possível, o ensino de boas práticas políticas se tornou realidade e já faz diferença no Congresso e nas Assembleias Legislativas de alguns Estados. Preparar pessoas comuns para se tornarem lideranças é a missão do RenovaBR, e tem sido muito bem executada desde 2017.

Neste fim de semana, em São Paulo, acontece a formatura dos 1.400 alunos selecionados pelo RenovaBR. Eles se preparam para concorrer às eleições de 2020. Sou professor do RenovaBR desde a preparação dos bolsistas que disputaram as eleições de 2018. Estive presente em todas as etapas que os formandos deste ano tiveram que superar e posso afirmar que nada foi fácil para eles.

Pelo contrário: o RenovaBR é extremamente rigoroso na seleção e na preparação das lideranças. Esta é uma das razões para o sucesso da maior escola de democracia do país. Os números comprovam meu argumento: em 2018, a primeira turma teve 133 alunos formados. Desses, 17 foram eleitos: um senador, nove parlamentares federais e sete estaduais. Ao todo, alunos e alunas do RenovaBR receberam mais de 4,5 milhões de votos. É a demonstração cabal de que a proposta encontrou eco no eleitorado brasileiro.

Tanto isso é verdade que neste ano, quando foram abertas as inscrições para a segunda turma, o número de candidatos superou as previsões mais otimistas. Nada menos que 31.359 pessoas se inscreveram. Ao fim da fase de análise dos nomes, mais de mil foram selecionados, com aulas presenciais e atividades a distância, acompanhadas e orientadas por professores disponíveis em tempo integral, com correção de exercícios e monitoramento do cumprimento das atividades programadas.

Foi uma maratona de aprendizado cívico e pessoal em 16 semanas. Os alunos receberam 204 vídeos e 91 textos sobre os diversos aspectos que o RenovaBR e seu idealizador, Eduardo Mufarej, entendem como fundamentais para a formação das lideranças. Foram aplicadas 11 provas em 96 horas de atividades. E, agora, com a formatura, encerra-se essa etapa. Em 2020, terá início a preparação para a eleição municipal, com alunos e alunas formados para disputar cargos de vereador e prefeito.

É necessário ressaltar que a participação do RenovaBR para a implementação de novas leituras sobre o exercício da democracia no Brasil hoje é patente. A atuação de alunos que hoje são detentores de mandatos desperta cada vez mais apoio da sociedade. O RenovaBR representa a inovação e a modernização das boas práticas políticas. Embora não seja o único, considero que é o principal legado que essa escola de democracia deixa para a política brasileira.

Para entender a importância do RenovaBR, é necessário contextualizar a iniciativa na conjuntura que a política e a democracia enfrentam no Brasil. Há um claro e virulento embate entre os polos populistas de direita e esquerda. A única preocupação desses dois campos é impor seu viés autoritário. Preparar lideranças democráticas nesse cenário torna-se um desafio de grandes proporções. Desafio que alunos e professores do RenovaBR superam a cada dia.