Indígenas

Com crise Yanomami, governo demite gestores de saúde indígena e chefes da Funai

Exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União ao longo de segunda-feira (23), dois dias depois da visita do presidente Lula ao território Yanomami

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 24 de janeiro de 2023 | 09:12
 
 
Desnutrição de crianças da Terra Indígena Yanomami, em Roraima Foto: Divulgação/Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi)

Em meio à crise e a situação de emergência de saúde decretada em território Yanomami, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma série de dispensas na Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde e na Fundação Nacional do Índio (Funai). As demissões foram oficializadas no Diário Oficial da União ao longo da segunda-feira (23).

Entre as 11 exonerações na Sesai, está a do coordenador da região leste do Estado de Roraima, Márcio Sidney Souza. O local é o mesmo onde está localizado o território indígena Yanomami.

Estão na lista de dispensas, ainda, os coordenadores distritais em Porto Velho (RO), Eloy Angelo dos Santos; Maranhão, Alberto José Braga; Mato Grosso do Sul, Luiz Antônio de Oliveira; Cuiabá (MT), Audimar Rocha Santos; Parintins (AM), Atila Rocha de Oliveira; Alto Rio Juruá (AC), Igle Monte da Silva; Minas Gerais e Espírito Santo, Gabriel Ribeiro Santos; interior Sul, Alexandre Rossetini de Andrade; Bahia, Adilson Gomes Assunção; e Ceará, Ruy de Almeida Monte Neto.

Na Funai, foram dispensados do cargo 43 chefes regionais e nacionais, sendo 22 coordenadores regionais, 15 coordenadores setoriais e seis diretores, assessores e secretários vinculados diretamente à Presidência. As substituições ainda não foram anunciadas.

Além das dispensas administrativas ou de comando, as demissões no órgão foram feitas nas cidades de Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; em Xavante e na região Norte do Mato Grosso; nas regiões de Alto Purus, no Acre, e Médio Purus, no Amazonas - estado que também teve dispensas em Manaus e nas regiões do Rio Negro e do Alto Solimões. 

As exonerações na Funai também chegaram nas coordenações regionais do Amapá e do Norte do Pará - estado que também recebeu dispensas em Tapajós, no Baixo Tocantins e em Kayapó Sul; em Cacoal e Guajará-Mirim, em Roraima; nas regiões do Araguaia Tocantins, no Tocantins; Nordeste I em Alagoas; e Nordeste II no Ceará; assim como em João Pessoa, na Paraíba; no Litoral Sudeste de São Paulo; e na frente Awá, no Maranhão; 

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