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Policiais federais começaram, na noite desta segunda-feira (23) e madrugada de terça-feira (24), as inspeções mais minuciosas nos aeroportos brasileiros. A intenção, segundo a categoria, é e a conscientização sobre a importância dos trabalhos de fiscalização desenvolvidos em portos e terminais aéreos. Mas, na prática, são protestos que vão levar à demora nos procedimentos e poderão se tornar um teste de paciência para passageiros e tripulantes.
A medida faz parte da mobilização nacional da categoria contra o governo de Jair Bolsonaro (PL), decidida após sinalização de não-cumprimento da promessa de reestruturar carreiras policiais pagas pela União, o que resultaria em aumento de salário superior a 22%.
A reestruturação foi prometida por Bolsonaro durante a discussão do Orçamento de 2022, no ano passado. No entanto, após manifestações de outras categorias do funcionalismo público da União, o presidente recuou e anunciou um reajuste linear de 5%. Ainda não foi tomada nenhuma decisão definitiva.
Passageiros são obrigados a descer de aviões em Confins
Na noite de segunda-feira, em Belo Horizonte, agentes federais realizaram “operação de segurança” em dois aviões comerciais que sairiam do Aeroporto Internacional de Confins e teriam Brasília como destino. Os passageiros, já embarcados, precisaram sair das aeronaves e as bagagens foram revistadas.
Já no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na manhã de terça-feira, todas as malas despachadas nos voos domésticos foram inspecionadas. Os agentes, inclusive, contaram com a participação de cães farejadores.
Em Teresina (PI), agentes, escrivães e papiloscopistas fizeram uma campanha de “esclarecimento”, batizada de “Operação Presença”, para explicar aos passageiros o grande número de atribuições dos policiais federais.
Em Fortaleza, os policiais federais voltaram a protestar em frente à Superintendência Regional. Eles levaram faixas pedindo o cumprimento de promessas feitas à categoria.
“Queremos mostrar à sociedade que temos uma série de atribuições e que estamos cansados das idas e vindas sobre a reestruturação e a prioridade que nos foram prometidas. Por isso, estamos trabalhando ainda mais”, disse o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme.
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