BLOQUEIO DO APLICATIVO

Fundador do Telegram pede desculpas ao STF e alega erro de comunicação

Pavel Durov também pediu adiamento por alguns dias da ordem de bloqueio do aplicativo determinada pelo ministro Alexandre de Moraes

Sex, 18/03/22 - 19h48
Fundador do Telegram, Pavel Durov, publica mensagem em que pede desculpas ao STF por suposta falha de comunicação | Foto: Getty Images

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Tentando se justificar, o fundador do Telegram, Pavel Durov, alegou uma falha de e-mails que atrapalhou a comunicação com o Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou à decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes de bloquear o aplicativo.

"Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder", escreveu Durov em seu canal no próprio aplicativo de mensagens, nesta sexta-feira (18), poucas horas após a repercussão do bloqueio. 

"Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco", prosseguiu.

Em seguida, o empresário pediu desculpas ao STF em nome da equipe do Telegram: "Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor".

"Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal", continua a mensagem, em inglês.

O empresário também solicitou um adiamento por alguns dias da ordem de Moraes. Durov argumentou que um novo prazo possibilitará que plataforma contrate um representante no Brasil, que é uma das razões para o pedido de bloqueio feito pela Polícia Federal ao STF.

"Estou certo de que, uma vez estabelecido um canal de comunicação confiável, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos que são ilegais no Brasil", prometeu.

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