O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou virtualmente do Fórum Mundial Econômico de Davos, nesta sexta-feira (21), e afirmou aos líderes presentes que a inflação brasileira "é persistente", admitindo também a desaceleração da economia.
Tentando justificar a crise econômica, Guedes jogou para o cenário internacional a responsabilidade pela estagnação econômica.
“No Brasil, evitamos a depressão com muito sucesso, mas agora voltamos com uma desaceleração sincronizada, o problema comum a todos países é a inflação. Precisaremos revisar para baixo previsões, porque inflações são persistentes”, explicou.
Guedes, no entanto, não mencionou a instabilidade política, que ao mesmo tempo gera insegurança jurídica para investidores e pressiona o dólar, cuja subida disparada em relação ao real é um dos pilares da crise.
Por outro lado, o ministro não abriu mão de defender a atual gestão, chefiada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele reclamou que “a nossa economia é muito subestimada", e listou a criação de 3 milhões de empregos formais e o pagamento do auxilío emergencial em 2020 e 2021.
Ainda no Fórum, Guedes voltou a repetir que o Brasil estava decolando antes a pandemia, mas precisou expandir os gastos para lidar com os mais vulneráveis.
Para ele, os bancos centrais "estão dormindo" e a inflação será um "grande problema para mundo Ocidental". O Brasil, segundo Guedes, se moveu rapidamente para lidar com a inflação por meio do Banco Central.
O ministro também prometeu que há espaço fiscal para reagir a uma terceira ou quarta onda da Covid-19. Segundo Guedes, os programas de 2020 e 2021 foram bem-sucedidos e estão prontos para ser repetidos caso a pandemia se agrave.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.