ECONOMIA

Guedes diz que inflação será persistente e culpa cenário internacional

Ministro da Economia participou do Fórum Mundial Econômico de Davos e assumiu que previsões serão revisadas para baixo, 'porque inflações são persistentes'

Sex, 21/01/22 - 11h31
Ministro Paulo Guedes (Economia) sinaliza que não haverá reajuste salarial para servidores públicos em 2022 | Foto: Sergio Lima/AFP

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou virtualmente do Fórum Mundial Econômico de Davos, nesta sexta-feira (21), e afirmou aos líderes presentes que a inflação brasileira "é persistente", admitindo também a desaceleração da economia. 

Tentando justificar a crise econômica, Guedes jogou para o cenário internacional a responsabilidade pela estagnação econômica. 

“No Brasil, evitamos a depressão com muito sucesso, mas agora voltamos com uma desaceleração sincronizada, o problema comum a todos países é a inflação. Precisaremos revisar para baixo previsões, porque inflações são persistentes”, explicou.

Guedes, no entanto, não mencionou a instabilidade política, que ao mesmo tempo gera insegurança jurídica para investidores e pressiona o dólar, cuja subida disparada em relação ao real é um dos pilares da crise.

Por outro lado, o ministro não abriu mão de defender a atual gestão, chefiada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele reclamou que “a nossa economia é muito subestimada", e listou a criação de 3 milhões de empregos formais e o pagamento do auxilío emergencial em 2020 e 2021.

Ainda no Fórum, Guedes voltou a repetir que o Brasil estava decolando antes a pandemia, mas precisou expandir os gastos para lidar com os mais vulneráveis.

Para ele, os bancos centrais "estão dormindo" e a inflação será um "grande problema para mundo Ocidental". O Brasil, segundo Guedes, se moveu rapidamente para lidar com a inflação por meio do Banco Central.   

O ministro também prometeu que há espaço fiscal para reagir a uma terceira ou quarta onda da Covid-19. Segundo Guedes, os programas de 2020 e 2021 foram bem-sucedidos e estão prontos para ser repetidos caso a pandemia se agrave.

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