Redes sociais

Instagram volta atrás e tira aviso de fake news de postagens de Carlos Bolsonaro

Rede havia apontado que publicação que continha vídeo de Lula era falsa, mas alterou entendimento

Seg, 08/11/21 - 17h22
Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro | Foto: Caio César/CMRJ/Direitos reservados

Após sinalizar duas postagens do vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, como falsas, o Instagram voltou atrás e retirou a observação de ambas. As postagens trazem trechos de falas em vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falando sobre a nacionalização de refinarias da Petrobras pela Bolívia.

Inicialmente, o Instagram apontou que uma postagem com Carlos Bolsonaro compartihando e comentando o vídeo do petista e citando que isso ajudaria a explicar a alta do preço do gás era falsa. Depois, fez o mesmo quando o filho do presidente apenas publicou apenas o vídeo de Lula, sem maiores comentários. Nos dois casos, o Instagram usou uma checagem da Agência Lupa sobre conteúdos semelhantes publicados por outros usuários que apontavam que o ex-presidente havia dito que doou a refinaria à Petrobras. Carlos Bolsonaro, porém, não fez esse comentário em suas postagens.

A própria fundadora da Lupa, Cristina Tardáguila, criticou nas redes sociais a sinalização como falsas das mensagens de Carlos Bolsonaro usando como base informações da agência relacionadas a outras postagens, dizendo que havia "uma série de problemas".

"O programa de verificação da plataforma proíbe checadores de verificar conteúdos postados por políticos. O Carlos Bolsonaro é (obviamente) um político. portanto, segundo as regras do próprio Meta (com as quais os checadores não costumam concordar) ele pode dizer/postar o que quiser livremente. Mas, o programa de verificação de notícias tem um sistema de inteligência artificial (bem capenga - sobretudo em português) que enxerga conteúdos idênticos e acaba "fisgando" políticos. Como resolver essa enrascada? Melhorar a inteligência artificial é um passo indiscutível. Acabar com a proteção de políticos, outro. O que não pode é ficar no meio do caminho porque isso dá origem a um tsunami de ódio contra os #factcheckers. Quem decide sobre marca ou não os políticos está nos Estados Unidos", disse Tardáguila.

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