Novo Governo

Rui Costa assume Casa Civil defendendo união e prioridade em obras atrasadas

O ex-governador da Bahia afirmou que centenas de habitações do 'Minha Casa, Minha Vida' prontas desde o governo de Dilma serão entregues no primeiro semestre de 2023

Por Karla Gamba
Publicado em 02 de janeiro de 2023 | 12:58
 
 
Rui Costa, governador da Bahia Foto: reprodução/ twitter

Ao assumir o ministério da Casa nesta segunda-feira (2), o ex-governador da Bahia Rui Costa (PT) fez um discurso pregando a união do país, dos poderes públicos e de diversos setores da sociedade. Ele destacou que a pasta irá acompanhar diretamente todas as obras atrasadas e que não foram concluídas pelo antigo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em especial a entrega de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que voltará a existir. 

Costa afirmou que nem mesmo os Ministérios sabem, dentro de suas atribuições, quantas obras estão paradas e classificou a situação como uma “demonstração de caos”. 

“As prioridades iniciais serão de retomada do Brasil, sair desse momento de paralisia completa. Nem mesmo sabemos quantas obras estão paralisadas, cada um tem um número. Nem os próprios Ministérios conseguem precisar quantas obras temos paralisadas hoje. Isso é uma demonstração do caos”.  

Entre as obras citadas por Rui Costa, a principal delas será a entrega de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que voltará a existir no governo Lula. Rui Costa disse haver centenas de habitações prontas desde o governo de Dilma Rousseff que ainda não foram ocupadas. Segundo ele, as casas serão habitadas ainda no primeiro semestre de 2023.  

“Quem tem pressa não é o presidente. Quem muita pressa e ansiedade é o programa 'Minha Casa, Minha Vida', que o Lula já anunciou que vai retomar. Temos centenas de casas prontas, com 95%, 98% [das obras concluídas], desde o governo Dilma, e que não foram habitadas ainda. Isso é inadmissível e elas serão todas habitadas ainda no primeiro semestre deste ano. Todas”. 

O novo ministro da Casa Civil, que é uma das pastas mais importantes e mais próximas do presidente da República – com sede dentro do Palácio do Planalto – disse a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou uma grande expectativa no Brasil e no mundo e que o “povo brasileiro escolheu o Lula porque quer paz”.   

“Mesmo aqueles que não votaram nele estão esperançosos que vai ele melhorar o nosso país. E eu diria mais, pela presença de representantes internacionais, pela repercussão de sua eleição em todas as nações do mundo, eu diria que o mundo inteiro tem uma grande expectativa com o Brasil, com o presidente Lula, de retomada do Brasil como ator, como sujeito de um planeta melhor, ambientalmente sustentável e o Brasil é muito relevante nesse debate”.

Reunião de ministros

Rui Costa anunciou que fará uma reunião com todos os ministros do novo governo na próxima semana para definir as prioridades do governo. Ele disse que a Casa Civil irá acompanhar diretamente o trabalho de todas pastas.

Diálogo intenso e união

Costa defendeu um diálogo intenso entre os poderes e os mais diversos setores produtivos da sociedade:

"A orientação do presidente Lula é discutir todos os fatores econômicos e sociais", afirmou. 

Por fim ele ressaltou a importância do pacto federativo com os governadores e da união: 

"[Vamos] Unir o Brasil, unir os divergentes. Mas unir não significa anular ideias diferentes, significa buscar consenso", concluiu. 

 

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.