O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, teve de se dedicar, neste domingo (28), a explicar aos apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, seu posicionamento favorável à exigência de vacinação de estrangeiros.
“A gente tem defendido a abertura – isso não só aqui no Brasil – para aquelas pessoas que estejam com a imunização completa com as vacinas reconhecidas pela OMS. Entendo que isso é importante para a economia de todos os países. Então, é a diminuição das restrições para quem está com a imunização completa e procedimentos mais rígidos do ponto de vista sanitários para aqueles que não têm a imunização completa”, declarou o ministro na manhã de domingo (28) em entrevista à imprensa.
Algumas horas depois, bolsonaristas, contrários a qualquer tipo de exigência de vacinação contra o coronavírus, criticaram o ministro em publicação irônica do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que agora é comentarista da Jovem Pan News.
Salles afirmou que convidará Freitas para São Paulo a fim de “conversar mais com as pessoas de bem, onde se valoriza a família, a seriedade e o trabalho!”.
O ministro da Infraestrutura é cogitado nas articulações de Bolsonaro com o PL, presidido por Valdemar Costa Neto, para ser lançado ao governo do estado em 2022. Outra possibilidade é que ele saia candidato ao Senado por Goiás ou Mato Grosso.
Entre outras ofensas impublicáveis, Freitas foi chamado de nazista e segregacionista.
Até a manhã desta segunda-feira (29), a reportagem de O TEMPO contou mais de 40 respostas do ministro com a mesma mensagem: “Sou contra lockdown e obrigatoriedade de vacinação. Apenas defendi que melhor do que falar em fechamento de fronteiras, para voos internacionais, seria melhor cobrar a vacinação dos estrangeiros que chegam ao Brasil. Seria uma forma de manter os voos”.
Confira abaixo as publicações hostis e reação do ministro no Twitter:
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