Igor Eto

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Opinião

Mais de 28 mil mortos

Publicado em: Qua, 14/04/21 - 03h00

Apesar de todo o esforço para conter a pandemia em nossa Minas Gerais, o coronavírus já ceifou mais de 28 mil vidas em território mineiro. Os números são gritantes. No intervalo de 28 de março a 3 de abril, por exemplo, a Covid-19 matou, no Brasil, mais do que a soma de todas as outras doenças. E a única forma de barrar o vírus, que tem se tornado cada vez mais contagioso e fatal, é evitando o contato com outras pessoas. É ficando em casa e fazendo a sua parte.

O coronavírus é envolto por uma camada de gordura e proteína (a coroa, que dá o nome ao vírus) que, embora resistente, pode ser desfeita com o simples hábito de lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool. Já a máscara funciona como uma barreira para entrada e saída da saliva. 

Depois de um ano de pandemia, ainda é necessário um esforço de conscientização das pessoas que não cumprem os protocolos básicos de saúde. O protocolo é sério e atenua sensivelmente o risco de contágio. Por isso, use máscara no rosto e álcool em gel nas mãos. E faça o possível para não sair de casa.

Importante destacar que entendo perfeitamente aqueles que precisam levar o sustento diário para a família, mas não entendo os que promovem e participam de aglomerações, como festas em sítios e outros espaços.

Embora mais de 2 milhões de mineiros já tenham sido vacinados, atravessamos um momento extremamente crítico. Cerca de 500 pessoas aguardam na fila por um leito de UTI em Minas e mais de 650 esperam uma vaga de enfermaria. E não é por falta de investimentos. Minas mais do que dobrou o número de instalações e, mesmo assim, não foi suficiente.

Todos os leitos abertos no hospital de campanha foram transferidos para outras instituições, e o sistema de saúde do nosso Estado hoje opera no limite físico e humano. Os nossos bravos guerreiros da saúde, que estão na linha de frente, trabalham além da capacidade, esgotados. É preciso ter isso em mente. Frear a doença é, inclusive, um gesto de respeito a eles.

Precisamos parar de adoecer. Precisamos que o nosso povo pare de morrer! E, quanto maior o número de pessoas contaminadas, maiores as chances de o vírus sofrer nova mutação e maiores as chances de demorarmos mais a viver pelo menos próximo de como era antes, como tem acontecido em outros países.

Para parar de adoecer e preservar vidas, precisamos evitar drasticamente as aglomerações. É necessário que as pessoas entendam que promover grandes aglomerações com amigos, por exemplo, significa colocar a vida de muitos em risco. Quantas pessoas contaminadas são assintomáticas e quantas pessoas fora do chamado “grupo de risco” estão morrendo? Na semana passada, mais da metade dos leitos (52,2%) no Brasil eram ocupados por pessoas com menos de 40 anos. Estamos todos em risco e precisamos nos preservar. Precisamos preservar a vida do outro.

Quanto mais resistirmos aos protocolos de segurança, mais estaremos alongando o nosso sofrimento contra este inimigo que destrói famílias, empregos e sonhos. Por isso, é de extrema importância que façamos a nossa parte. Conscientize-se, evite aglomerações. Se puder, fique em casa.

 

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