Orçamento

Investimento em esporte e lazer é o menor desde 2009

Em ano de Copa, dotação orçamentária para o setor é de R$ 2,3 bilhões, contra R$ 4,1 bilhões do ano passado; execução, no entanto, está mais acelerada do que no ano anterior

Sex, 18/04/14 - 09h59
Os olhos do país estão voltados à realização da Copa do Mundo e, em mais dois anos, das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Mas as atenções do poder público estão longe do esporte como instrumento de promoção de lazer e agregação social. De acordo com um levantamento do "Contas Abertas", a função "Desporto e Lazer" tem o menor valor disponível em cinco anos. A dotação atualizada para o conjunto de práticas no setor é de R$ 2,3 bilhões, contra R$ 4,1 bilhões dotados no ano passado, por exemplo.
Segundo o próprio Ministério do Esporte, a dotação "Desporto e Lazer" busca investir e incentivar políticas públicas na área esportiva, incluir socialmente comunidades vulneráveis e organizar eventos internacionais, como a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Pelos números revelados pelo Contas Abertas, até o fim de março, R$ 309,9 milhões já haviam sido aplicados nos programas orçamentários “Brasil Campeão” (R$ 6 milhões), “Esporte e Lazer da Cidade” (R$ 15,3 milhões), “Esporte e Grandes Eventos Esportivos” (R$ 254,8 milhões), “Segundo Tempo” (R$ 284 mil) e “Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte” (R$ 33,5 milhões), todos incluídos na “Desporto e Lazer”. O valor total representa 14% do previsto para todo o ano. No ano passado, embora a dotação tenha sido maior, ao fim do ano, apenas 22% dos R$ 4,1 bilhões previstos havia sido realmente aplicado, totalizando R$ 893 milhões.
De acordo com o orçamento da União, a iniciativa que mais deve receber recursos este ano é a de implantação de espaços e equipamentos de esporte e de lazer. São previstos R$ 687,1 milhões para a construção, ampliação, reforma e modernização da infraestrutura esportiva, mediante disponibilização de equipamentos e instalações esportivas tais como: quadras poliesportivas, campos de futebol, ginásios de esporte, complexos esportivos, pistas de atletismo, equipamentos e bens permanentes, entre outros. O segundo maior aporte de recursos vai para a ação “Implantação de Infraestrutura para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016”.

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