O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, não irá ao depoimento marcado para a manhã desta quinta-feira (9) na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A informação foi confirmada ao O TEMPO pelo seu advogado, Rodrigo Roca.
De acordo com Roca, o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF já prestou todos os esclarecimentos necessários para a investigação. O advogado afirmou que vê como uma “inutilidade” seu comparecimento e que Torres já contribuiu com mais de 10 horas de depoimento à Polícia Federal (PF).
Rodrigo Roca disse ainda que irá protocolar uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta quinta (9) para explicar a decisão.
O depoimento foi solicitado pelos deputados distritais ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Moraes ouviu a defesa de Torres, que se posicionou contrária à sua ida.
No entanto, nesta terça (7), o ministro do STF liberou o comparecimento de Anderson Torres ao depoimento, mas deixou expresso que ele poderia ficar em silêncio, como prevê a Constituição, e, ainda, caso não quisesse ir, não poderia ser conduzido coercitivamente.
Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro e é investigado por omissão e conivência com os ataques criminosos de 8 de janeiro. Na data ele era secretário de Segurança Pública do DF, mas estava fora do país em viagem com a família.
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