Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, preso após os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e que morreu na segunda-feira (20), ficou 80 dias preso mesmo depois da Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar a favor da soltura.
Cleriston havia mencionado seus problemas de saúde em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 31 de julho. A juíza Larissa Almeida Nascimento foi quem presidiu a audiência em nome do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
O homem morreu, na última segunda-feira (20), durante o período de "banho de sol" no Centro de Detenção Provisória (CDP) II, parte do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Ele teria apresentado um mal-estar súbito por volta das 10h enquanto estava no pátio, e apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros, não foi possível reanimá-lo. O óbito foi registrado às 10h58.
Agora, a Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar as circunstâncias da morte. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes exigiu da direção do Centro de Detenção Provisória II informações detalhadas sobre o ocorrido. Também nesta terça-feira, o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, pediu à Comissão Nacional de Direitos Humanos da instituição que investigue possíveis violações de direitos humanos.