Eleição 2020

Lafayette Andrada busca alianças partidárias em disputa pela PBH

Deputado foi confirmado pelo Republicanos após desistência de Mauro Tramonte. Andrada faz críticas ao prefeito Kalil e espera se tornar mais conhecido nos próximos meses

Qui, 30/07/20 - 03h00
Lafayette de Andrada é pré-candidato à Prefeitura de BH pelo Republicanos | Foto: Câmara dos Deputados/Reprodução

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Em seu primeiro mandato como deputado federal por Minas Gerais, Lafayette de Andrada será o nome do Republicanos na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Inicialmente, o parlamentar não era cotado para a disputa porque o deputado estadual Mauro Tramonte – mais votado na última eleição para a Assembleia Legislativa de Minas – era apontado como o candidato da legenda para concorrer na capital. O pré-candidato já costura apoios partidários para a corrida. 

“O Mauro Tramonte é um fenômeno eleitoral, e o partido sempre teve ele como um possível candidato. Ocorre que ele, por razões pessoais, reiteradas vezes vem afirmando para o partido que não desejava disputar a eleição para prefeito”, disse Andrada. A partir daí foi que o nome de Lafayette Andrada foi confirmado pela sigla. “Com a decisão dele de não disputar, o partido entendeu por escolher o meu nome, e me sinto muito honrado”, avaliou.

Em pesquisa do Instituto Paraná, Andrada aparece com 0,5% dos votos. Ele considerou que o resultado está ligado ao fato de que a população ainda não sabe que ele é pré-candidato. 

“Meu nome não foi veiculado ainda, a campanha eleitoral ainda não se iniciou, e, portanto, não existe conhecimento por parte da população nem sobre a minha pré-candidatura, nem sobre quem é o Lafayette, como é o perfil do Lafayette”, afirmou.

Na última eleição, quando foi eleito deputado federal, Andrada teve 103.090 votos, sendo 15.889 em BH. Antes disso, ele concorreu em 2016 à Prefeitura de Juiz de Fora e teve 6.259 votos, ficando em quinto lugar na disputa. Lafayette foi deputado estadual por três mandatos e secretário de Estado de Defesa Social no governo Antônio Anastasia (PSDB).

Na avaliação da cientista política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mara Telles, o nome do apresentador Mauro Tramonte poderia fazer frente ao atual prefeito. Já Andrada, segundo ela, é pouco conhecido na capital.

“Tramonte seria um nome bastante competitivo, uma vez que ele teve cerca de 500 mil votos, é uma pessoa bastante conhecida e tem todo um capital midiático”, avaliou Telles.

Na disputa à prefeitura da capital mineira, o deputado aposta em coligações com outros partidos – que garantem maior tempo de rádio e TV aos candidatos. “Posso te assegurar que teremos alianças. As conversas estão acontecendo, embora esteja tudo praticamente decidido”, afirmou o pré-candidato. No entanto, ele não adiantou quais podem ser essas legendas a compor com seu partido. 

Críticas a Kalil

Outra aposta de Andrada para se firmar como opção viável para o eleitorado de BH e que já tem aparecido em vídeos divulgados em suas redes sociais é uma pré-campanha de oposição à gestão do prefeito Alexandre Kalil (PSD), apontado como favorito à reeleição nas pesquisas realizadas até agora. 

“Sobre a administração do Kalil como um todo, eu posso dizer que ele, lamentavelmente, não cumpriu com o que prometeu quando era candidato. Nossos índices na educação não tiveram evolução, ele prometeu obras de infraestrutura importantes como no Vilarinho e tantas outras e não as executou, prometeu tirar famílias de áreas de risco e não as retirou”, afirmou.

Já sobre a gestão municipal em relação ao combate à pandemia de coronavírus, o pré-candidato acusou o prefeito de “incoerência” em relação às medidas adotadas. 

“Acho que há uma incoerência nas<CW-26> tomadas de decisão: quando ele (prefeito Kalil) abriu o comércio, ele abriu o Shopping Oi e não abriu outros shoppings, qual a coerência disso? Em um dia ele proíbe os jogos, ainda que de portões fechados, e no dia anterior autoriza grande reunião, uma festa de posse no Palácio das Artes”, questionou Andrada. 

O deputado citou que prefeitura não aumentou o número de leitos, não construiu hospital de campanha nem adquiriu respiradores. “Não se preparou para enfrentar a pandemia”, disse o pré-candidato. 

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