Audiência pública

Anac descarta restringir operações no aeroporto Carlos Prates

Giovano Palma, representante da agência, diz que não há uma necessidade de impor uma restrição do ponto de vista de segurança operacional

Por Fransciny Alves
Publicado em 27 de novembro de 2019 | 03:00
 
 

A situação do aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, foi discutida ontem na Câmara dos Deputados, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garantiu que o espaço é seguro. “Nós desenvolvemos os regulamentos que devem ser cumpridos pelos aeroportos e as avaliações de riscos deles, o que inclui fiscalizações in loco. E as informações que temos hoje é que não há uma necessidade de impor uma restrição do ponto de vista de segurança operacional lá”, disse o representante do órgão na audiência pública, Giovano Palma, gerente de Certificação e Segurança Operacional da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária.

Ele também pontuou que são feitas fiscalizações em aeroclubes e escolas de aviação. Segundo Palma, há cinco anos o país não registra um acidente na aviação regular, e, por conta dos indicadores, é possível afirmar que “voar hoje no Brasil é seguro”. Representantes dos moradores da região destacaram que a insegurança permanece, porque desde 2005 já foram registrados oito acidentes no entorno. Eles pedem o fechamento do espaço.

Mas isso não está nos planos da União, já que o Carlos Prates, juntamente com outros cinco aeroportos, faz parte da sétima rodada de concessão para a iniciativa privada, em 2022. Além de moradores, a intenção foi criticada pelo autor da audiência, Rogério Correia (PT-MG). Ele defende que o espaço fique sob a responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte e a operação seja feita em outro local. “É fundamental que o povo da cidade faça uma mobilização para que aquela área fique sob o poder do município, e não nas mãos da iniciativa privada por 25 anos”, disse. Ele defende que as possibilidades de uso devem ser definidas pela comunidade.